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Santos aceita negociar com trabalhadores rurais

Presidente colombiano aceitou uma mesa de negociação para buscar uma solução para a greve do setor agropecuário iniciada há oito dias

Fazendeiros em frente a uma barricada com pneus queimados durante protesto contra o governo colombiano, próximo de Tunja (John Vizcaino/Reuters)

Fazendeiros em frente a uma barricada com pneus queimados durante protesto contra o governo colombiano, próximo de Tunja (John Vizcaino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 22h58.

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta segunda-feira a criação de uma mesa de negociação com os trabalhadores rurais de três departamentos (estados) do país para buscar a partir de amanhã uma solução para a greve do setor agropecuário iniciada há oito dias.

Santos fez o anúncio na cidade de Tunja, capital do departamento de Boyacá, o mais afetado pelos protestos, para onde foi hoje expressamente para se reunir com autoridades locais e representantes dos trabalhadores.

"Dei as instruções para que seja aceita a proposta dos camponeses de Boyacá para que se reúnam em uma mesa representantes de Boyacá, de Cundinamarca e de Nariño com os respectivos ministros", disse o líder.

"Há muita gente que está sofrendo com os bloqueios, é preciso colocar fim a esta situação o mais breve possível", acrescentou.

A greve foi convocada por um setor dos cafeicultores, mas teve maior repercussão entre os produtores de batata, leite, tomate e hortaliças de Boyacá, que alegam ser vítimas das importações de alimentos, do contrabando, do alto custo dos combustíveis e adubos e da falta de apoio estatal.

"Escutei as reivindicações, escutei os pedidos dos líderes do protesto em Boyacá, são reivindicações válidas, são reivindicações que têm todo o sentido", destacou Santos.

A decisão de abrir uma mesa de negociação não significa que os bloqueios nas estradas serão suspensos imediatamente, mas segundo o presidente, as partes acordaram um "pacto de não agressão" no qual não haverá excessos por parte da polícia nem ações por parte dos camponeses que obriguem as forças de segurança a intervir.

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