Presidente armênio chega a Nagorno Karabakh em meio à tensão
Serge Sargsian chegou em Nagorno Karabakh, palco de uma nova escalada de tensão com a vizinha Azerbaijão
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2014 às 12h37.
Tbilisi - O presidente da Armênia , Serge Sargsian, chegou nesta quinta-feira a região separatista de Nagorno Karabakh, palco de uma nova escalada de tensão com a vizinha Azerbaijão após a derrubada ontem de um helicóptero militar desse grupo.
Sargsian chegou de helicóptero a Stepanakert, a capital desse território, para se reunir com o líder da autoproclamada república, Bako Saakian, informou a presidência armênia.
O líder armênio, cuja visita se manteve em segredo até o último momento, inspecionará várias guarnições no marco das atuais manobras militares conjuntas "Unidade 2014".
Sargsian nasceu em Stepanakert e participou da guerra entre armênios e azerbaijanos após a queda da União Soviética (1991) pela soberania de Nagorno Karabakh.
Ontem, o exército azerbaijano derrubou um helicóptero MI-24 das forças de Nagorno Karabakh, com a explicação de que esse atacou as posições do Azerbaijão na linha de separação entre os lados, onde vigora um frágil cessar-fogo desde 1994. As autoridades separatistas, no entanto, mantêm que o helicóptero não estava equipado com armamento e efetuava um voo de instrução quando foi abatido com três tripulantes abordo.
A Chancelaria armênia tachou o incidente de "provocação sem precedentes", e ameaçou com "penosas consequências" ao Azerbaijão, que respondeu iniciando manobras militares de grande escala.
"Conforme o plano de instrução (...), a totalidade da Armada, unidades das Forças Aéreas e Antiaéreas com o apoio das Forças de Emergências e Tropas de Fronteira começaram em 13 de novembro manobras táticas operativas", explicou um comunicado do Ministério da Defesa.
A Rússia, um dos mediadores internacionais, mas que tem uma base militar na Armênia, pediu hoje que ambos os lados se contenham e evitem passos que possam levar a uma escalada do conflito na zona.
Para o governo do Azerbaijão, se não há autorização oficial, todo aparelho que sobrevoe as zonas ocupadas pelos separatistas e o território de Nagorno Karabakh está violando o seu espaço aéreo.
Segundo fontes, este incidente é considerado o mais grave com participação da aviação militar ocorrido desde a declaração de cessar-fogo em 1994 nesta zona, uma das mais militarizadas do mundo.
O conflito entre os dois países vizinhos remonta os tempos da antiga União Soviética, quando o território azerbaijano de Nagorno Karabakh pediu incorporação à Armênia, provocando uma sangrenta guerra que causou 25 mil mortes.
As tropas de ambos os países ocupam toda a região e outros sete distritos, que se uniram à Armênia e criaram uma "faixa de segurança" que representa um terço do território azerbaijano.
Tbilisi - O presidente da Armênia , Serge Sargsian, chegou nesta quinta-feira a região separatista de Nagorno Karabakh, palco de uma nova escalada de tensão com a vizinha Azerbaijão após a derrubada ontem de um helicóptero militar desse grupo.
Sargsian chegou de helicóptero a Stepanakert, a capital desse território, para se reunir com o líder da autoproclamada república, Bako Saakian, informou a presidência armênia.
O líder armênio, cuja visita se manteve em segredo até o último momento, inspecionará várias guarnições no marco das atuais manobras militares conjuntas "Unidade 2014".
Sargsian nasceu em Stepanakert e participou da guerra entre armênios e azerbaijanos após a queda da União Soviética (1991) pela soberania de Nagorno Karabakh.
Ontem, o exército azerbaijano derrubou um helicóptero MI-24 das forças de Nagorno Karabakh, com a explicação de que esse atacou as posições do Azerbaijão na linha de separação entre os lados, onde vigora um frágil cessar-fogo desde 1994. As autoridades separatistas, no entanto, mantêm que o helicóptero não estava equipado com armamento e efetuava um voo de instrução quando foi abatido com três tripulantes abordo.
A Chancelaria armênia tachou o incidente de "provocação sem precedentes", e ameaçou com "penosas consequências" ao Azerbaijão, que respondeu iniciando manobras militares de grande escala.
"Conforme o plano de instrução (...), a totalidade da Armada, unidades das Forças Aéreas e Antiaéreas com o apoio das Forças de Emergências e Tropas de Fronteira começaram em 13 de novembro manobras táticas operativas", explicou um comunicado do Ministério da Defesa.
A Rússia, um dos mediadores internacionais, mas que tem uma base militar na Armênia, pediu hoje que ambos os lados se contenham e evitem passos que possam levar a uma escalada do conflito na zona.
Para o governo do Azerbaijão, se não há autorização oficial, todo aparelho que sobrevoe as zonas ocupadas pelos separatistas e o território de Nagorno Karabakh está violando o seu espaço aéreo.
Segundo fontes, este incidente é considerado o mais grave com participação da aviação militar ocorrido desde a declaração de cessar-fogo em 1994 nesta zona, uma das mais militarizadas do mundo.
O conflito entre os dois países vizinhos remonta os tempos da antiga União Soviética, quando o território azerbaijano de Nagorno Karabakh pediu incorporação à Armênia, provocando uma sangrenta guerra que causou 25 mil mortes.
As tropas de ambos os países ocupam toda a região e outros sete distritos, que se uniram à Armênia e criaram uma "faixa de segurança" que representa um terço do território azerbaijano.