Mundo

Premier paquistanês condenado por impedir investigação do presidente

Yusuf Raza Gilani, foi considerado culpado de desacato à justiça por não cooperar na investigação de um caso de desvio de dinheiro

Os advogados do país não sabem se a condenação obrigará o chefe de Governo a abandonar o cargo (Aaamir Qureshi/AFP)

Os advogados do país não sabem se a condenação obrigará o chefe de Governo a abandonar o cargo (Aaamir Qureshi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 10h48.

Islamabad - O primeiro-ministro do Paquistão, Yusuf Raza Gilani, foi considerado culpado nesta quinta-feira de desacato à justiça por não cooperar na investigação de um caso de desvio de dinheiro que afeta o presidente do país, Asif Ali Zardari.

O chefe de Governo, que poderia ter recebido uma sentença de prisão de seis meses, foi liberado por decisão do Tribunal Supremo.

Após o anúncio da justiça, o líder da oposição paquistanesa, Nawaz Sharif, pediu a renúncia imediata do primeiro-ministro.

Os advogados do país não sabem se a condenação obrigará o chefe de Governo a abandonar o cargo.

Gilani foi considerado culpado por ter recusado, nos últimos dois anos, a solicitar à Suíça a reabertura de um processo contra Zardari por lavagem de dinheiro público nos anos 90.

O premier deixou o tribunal sorridente e foi aplaudido por ministros e simpatizantes.

Em 2003, um tribunal suíço declarou culpados Zardari e sua esposa, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em um atentado em 2007, de desvio de recursos públicos quando ela era chefe de Governo. Mas o casal apelou da decisão.

Zardari é um dos presidentes mais impopulares da história do Paquistão, em consequência das acusações de corrupção, da administração ruim e da crise econômica aguda.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCorrupçãoEscândalosFraudesGovernoPaquistão

Mais de Mundo

Javier Milei converte empresa estatal de notícias em agência de publicidade do governo

Eleições na Venezuela: campanha de Maduro diz estar certa da vitória em eleições

Mulino assume o poder no Panamá desafiado pela economia e crise migratória

Suprema Corte dos EUA pede revisão de leis de redes sociais por tribunais inferiores

Mais na Exame