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Premier do Iêmen é internado na Arábia Saudita após ataque

O presidente Ali Abdullah Saleh, levemente ferido na cabeça durante o ataque, segundo fontes oficiais, permanece internado no hospital militar da capital

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2011 às 12h49.

Sanaa - O primeiro-ministro do Iêmen, Ali Mohamed Mujawar, foi transferido neste sábado para a Arábia Saudita, depois de ter sido ferido no ataque desta sexta-feira contra o palácio presidencial, ao mesmo tempo em que prosseguiam os combates em Sanaa e Taez (sudoeste).

O presidente Ali Abdullah Saleh, levemente ferido na cabeça durante o ataque, segundo fontes oficiais, permanece internado no hospital militar da capital e sua condição é estável, sem provocar preocupações.

Além do primeiro-ministro, outras autoridades foram transferidas para a Arábia Saudita: o presidente da Câmara dos Deputados, Yahia al-Rai, o presidente do Conselho Consultivo, Abdel Aziz Abdel Ghani, e o vice-premier para Assuntos Internos, Sadek Amin Abu Ras.

De acordo com fontes do governo, a transferência foi motivada pelo fato dos hospitais sauditas serem mais bem equipados que os do Iêmen.

O presidente Saleh acusou os "filhos de Al-Ahmar" de responsabilidade pelo ataque, em referência ao xeque Sadek al-Ahmar e seus seguidores da influente tribo dos Hashed.

Como resposta, as tropas leais a Saleh bombardearam na sexta-feira a residência do xeque Hamid al-Ahmar, irmão de Sadek, cujos seguidores enfrentam o Exército há vários dias em batalhas violentas.

Dez pessoas morreram e 35 ficaram feridas nos bombardeios da Guarda Republicada à residência do xeque Hamid, um influente empresário e dirigente do partido islamita Al-Islah, e à residência de seu irmão Mizhij, assim como ao imóvel do general dissidente Ali Mohsen al-Ahmar.

O corpo de elite do Exército respondeu ao bombardeio de uma mesquita do palácio presidencial que feriu o presidente, assim como outras autoridades. Sete oficiais das forças de segurança morreram no ataque.

O xeque Hamid al-Ahmar rejeitou as acusações e afirmou que Saleh instigour o ataque ao palácio presidencial para provocar uma "guerra civil".

Após quatro meses de protestos populares violentamente reprimidos pelo regime de Saleh, que se nega a deixar o poder, a revolta adquiriu outra magnitude a partir de 23 de maio, com o início de duros combates em Sanaa entre forças leais ao presidente e partidários do influyente líder dos Hashed, que se uniu à oposição.

Neste sábado prosseguíiam os combates em Al-Hasaba, bairro da zona norte de Sanaa, e em Taez, 270 quilômetros ao sudoeste da capital.

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