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Premiê do Paquistão exige relatório sobre mulher apedrejada

Mulher grávida era apedrejada até a morte por sua família em frente a um dos principais tribunais do país

Farzana Igbal apedrejada: mulher foi atacada na terça-feira, segundo a polícia, por ter se casado com o homem que amava (Mohammad Tahir/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 10h56.

Islamabad - O primeiro-ministro do Paquistão , Nawaz Sharif, exigiu saber por que a polícia ficou aparentemente inerte enquanto uma mulher grávida era apedrejada até a morte por sua família em frente a um dos principais tribunais do país, disse um porta-voz nesta quinta-feira.

Farzana Iqbal, de 25 anos, foi atacada na terça-feira, segundo a polícia, por ter se casado com o homem que amava.

Chamou a atenção de Sharif o “assassinato brutal” na presença da polícia, disse seu gabinete de imprensa em um comunicado, acrescentando que um crime “totalmente inaceitável” tem que ser enfrentado imediatamente pela lei.

“Estou orientando o ministro-chefe a imediatamente tomar uma atitude e um relatório deve ser apresentado nesta noite ao meu gabinete”, disse a nota, citando Sharif.

O marido de Iqbal disse que a polícia não fez nada durante os 15 minutos de violência bem diante da Alta Corte de Lahore.

“Eu implorei para que nos ajudassem, mas disseram que não era dever deles”, disse Muhammed Iqbal à Reuters. “Eu tirei minha camiseta (em sinal de humildade) e implorei para que a salvassem”.

Em partes do Paquistão, um país amplamente muçulmano de 180 milhões de pessoas, as mulheres têm de aceitar casamentos arranjados e uma recusa pode resultar em um assassinato em nome da “honra”. Muitas famílias paquistanesas consideram como desonra que uma mulher se apaixone e escolha seu próprio marido.

Mas o chefe de polícia de Lahore, Shafiq Ahmad, alegou que não havia polícia presente. “Eles prenderam o pai, o principal acusado, poucos momentos depois do incidente”, disse ele. “Quando a polícia chegou à cena, ela já havia sido morta”.

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Farzana Iqbal, de 25 anos, foi atacada na terça-feira, segundo a polícia, por ter se casado com o homem que amava.

Chamou a atenção de Sharif o “assassinato brutal” na presença da polícia, disse seu gabinete de imprensa em um comunicado, acrescentando que um crime “totalmente inaceitável” tem que ser enfrentado imediatamente pela lei.

“Estou orientando o ministro-chefe a imediatamente tomar uma atitude e um relatório deve ser apresentado nesta noite ao meu gabinete”, disse a nota, citando Sharif.

O marido de Iqbal disse que a polícia não fez nada durante os 15 minutos de violência bem diante da Alta Corte de Lahore.

“Eu implorei para que nos ajudassem, mas disseram que não era dever deles”, disse Muhammed Iqbal à Reuters. “Eu tirei minha camiseta (em sinal de humildade) e implorei para que a salvassem”.

Em partes do Paquistão, um país amplamente muçulmano de 180 milhões de pessoas, as mulheres têm de aceitar casamentos arranjados e uma recusa pode resultar em um assassinato em nome da “honra”. Muitas famílias paquistanesas consideram como desonra que uma mulher se apaixone e escolha seu próprio marido.

Mas o chefe de polícia de Lahore, Shafiq Ahmad, alegou que não havia polícia presente. “Eles prenderam o pai, o principal acusado, poucos momentos depois do incidente”, disse ele. “Quando a polícia chegou à cena, ela já havia sido morta”.

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