Shinzo Abe: pesquisa do jornal Mainichi mostrou que 35 por cento dos entrevistados apoiam o governo de Abe (Toru Hanai/Reuters)
Reuters
Publicado em 4 de agosto de 2017 às 10h12.
Tóquio - O apoio ao primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, melhorou depois de reformular o gabinete, mostraram pesquisas nesta sexta-feira, um desdobramento que deve fortalecer seu poder, abalado por escândalos recentes e uma derrota contundente nas eleições de Tóquio.
Abe optou por escolhas seguras, ao invés de novos rostos, na mudança ministerial realizada quinta-feira depois que gafes e passos em falso de alguns membros de seu gabinete anterior, como da ex-ministra da Defesa Tomomi Inada, fizeram seu índice de apoio despencar.
Muitos dos integrantes do novo gabinete, que Abe apelidou de "gabinete de profissionais voltados a resultados", foram reencaminhados, como o ministro das Finanças, Taro Aso, ou voltaram a postos ocupados anteriormente, incluindo o ministro da Defesa, Itsunori Onodera.
Uma pesquisa do jornal Mainichi mostrou que 35 por cento dos entrevistados apoiam o governo de Abe, um aumento de nove pontos em relação ao mês passado, e uma sondagem da agência de notícias Kyodo revelou um aumento de 8,6 pontos no apoio em comparação à pesquisa anterior, indo para 44,4 por cento.
Abe pediu desculpas pelos escândalos recentes logo no início de uma coletiva de imprensa transmitida em rede nacional após a reformulação do gabinete, curvando-se por cerca de oito segundos, e depois reiterou que sua maior prioridade é ressuscitar a economia.
Inada, uma protegida de Abe, renunciou na semana passada depois de uma série de gafes e de um acobertamento em sua pasta.
O próprio Abe foi envolvido em um suposto escândalo de favorecimento e teve que negar várias vezes te feito favores para ajudar um amigo a obter aprovação para uma escola de veterinária.
Ao participar de um programa de televisão nesta sexta-feira, Abe expressou determinação para trabalhar duro de forma a reconquistar a confiança da população.
"O que nos foi pedido é mostrar resultados com firmeza", acrescentou.
Entre as grandes tarefas que terá estão acabar com a deflação e trabalhar de perto com os Estados Unidos e nações regionais para anular a ameaça do desenvolvimento nuclear e de mísseis da Coreia do Norte.