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Premiê da Itália diz que espionagem é inaceitável

Segundo Enrico Letta, suposto monitoramento de telecomunicações pelos serviços de inteligência dos EUA e Grã-Bretanha é "inconcebível e inaceitável"

Enrico Letta conversa com o britânico David Cameron durante encontro com os líderes da União Europeia em Bruxelas, Bélgica (Francois Lenoir/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 16h03.

Roma - O suposto monitoramento de telecomunicações italianas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha é "inconcebível e inaceitável", disse o primeiro-ministro da Itália , Enrico Letta, nesta quinta-feira.

Ele fez a declaração depois que o semanário italiano L'Espresso afirmou que os dois países aliados têm monitorado redes italianas de telecomunicações, tendo como alvo o governo e empresas, assim como grupos terroristas suspeitos.

A reportagem, baseada em evidências vazadas pelo ex-prestador de serviço de uma agência de espionagem dos EUA Edward Snowden, provavelmente aumentará a indignação entre os aliados europeus de Washington ante as atividades da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês).

A questão tem tudo para dominar uma reunião de líderes da União Europeia nesta quinta-feira, após a chanceler alemã, Angela Merkel, ligar para o presidente dos EUA, Barack Obama, e reclamar sobre reportagens, consideradas credíveis por Berlim, de que o celular dela teria sido grampeado.

Questionado sobre a reportagem do L'Espresso ao chegar para a cúpula em Bruxelas, Letta disse a repórteres: "É incocebível e inaceitável que deve haver atos de espionagem deste tipo." O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse a Letta na quarta-feira que os EUA trabalham para "encontrar um equilíbrio adequado entre a proteção da segurança e da privacidade de nossos cidadãos" e que as consultas a parceiros como a Itália continuariam.

Além da suposta espionagem da NSA, o L'Espresso disse que um programa separado chamado Tempora e administrado pela Sede de Comunicação do Governo da Grã-Bretanha espionou o tráfego de e-mail, internet e telefone por meio de três cabos submarinos de fibra ótica na Sicília.

O semanário afirmou que entre as áreas de interesse para os britânicos estava a tecnologia militar avançada, que poderá incluir acordos comerciais legítimos italianos com países árabes.

A reportagem mostrou que os serviços secretos italianos tinham conhecimento das informações coletadas pelos britânicos sob um acordo de partilha de informação, mas não deu detalhes. Agentes de inteligência italianos não comentaram o assunto imediatamente.

Na quarta-feira, o secretário de Estado italiano, responsável pelos serviços de segurança, disse a um comitê parlamentar que havia razoável certeza de que as comunicações entre os cidadãos italianos na Itália não haviam sido monitoradas.

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Roma - O suposto monitoramento de telecomunicações italianas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha é "inconcebível e inaceitável", disse o primeiro-ministro da Itália , Enrico Letta, nesta quinta-feira.

Ele fez a declaração depois que o semanário italiano L'Espresso afirmou que os dois países aliados têm monitorado redes italianas de telecomunicações, tendo como alvo o governo e empresas, assim como grupos terroristas suspeitos.

A reportagem, baseada em evidências vazadas pelo ex-prestador de serviço de uma agência de espionagem dos EUA Edward Snowden, provavelmente aumentará a indignação entre os aliados europeus de Washington ante as atividades da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA, na sigla em inglês).

A questão tem tudo para dominar uma reunião de líderes da União Europeia nesta quinta-feira, após a chanceler alemã, Angela Merkel, ligar para o presidente dos EUA, Barack Obama, e reclamar sobre reportagens, consideradas credíveis por Berlim, de que o celular dela teria sido grampeado.

Questionado sobre a reportagem do L'Espresso ao chegar para a cúpula em Bruxelas, Letta disse a repórteres: "É incocebível e inaceitável que deve haver atos de espionagem deste tipo." O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse a Letta na quarta-feira que os EUA trabalham para "encontrar um equilíbrio adequado entre a proteção da segurança e da privacidade de nossos cidadãos" e que as consultas a parceiros como a Itália continuariam.

Além da suposta espionagem da NSA, o L'Espresso disse que um programa separado chamado Tempora e administrado pela Sede de Comunicação do Governo da Grã-Bretanha espionou o tráfego de e-mail, internet e telefone por meio de três cabos submarinos de fibra ótica na Sicília.

O semanário afirmou que entre as áreas de interesse para os britânicos estava a tecnologia militar avançada, que poderá incluir acordos comerciais legítimos italianos com países árabes.

A reportagem mostrou que os serviços secretos italianos tinham conhecimento das informações coletadas pelos britânicos sob um acordo de partilha de informação, mas não deu detalhes. Agentes de inteligência italianos não comentaram o assunto imediatamente.

Na quarta-feira, o secretário de Estado italiano, responsável pelos serviços de segurança, disse a um comitê parlamentar que havia razoável certeza de que as comunicações entre os cidadãos italianos na Itália não haviam sido monitoradas.

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