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Premiê da Escócia diz que Brexit é salto rumo à escuridão

Apesar as críticas, a líder do Partido Nacionalista Escocês desejou o "melhor" nas negociações com a União Europeia

Nicola Sturgeon: "Um bom acordo sobre o 'Brexit' para o Reino Unido favorece os interesses da Escócia", disse a ministra (Andrew Milligan/Pool/Reuters)
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EFE

Publicado em 29 de março de 2017 às 13h57.

Londres - A ministra principal da Escócia , Nicola Sturgeon, afirmou nesta quarta-feira que a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que inicia o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, representa um salto rumo à escuridão.

"A linha dura do governo britânico em relação ao ' Brexit ' é uma aposta imprudente", disse Sturgeon em comunicado depois de ter obtido ontem do parlamento autônomo escocês a autorização para promover um novo referendo de independência da região.

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"A Escócia votou de forma decisiva por continuar na Europa, mas o governo britânico só respondeu formalmente desprezando nossas propostas para manter a Escócia no mercado único", afirmou Sturgeon.

Apesar as críticas, a líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP) desejou o "melhor" nas negociações com a União Europeia à primeira-ministra britânica, Theresa May. "Um bom acordo sobre o 'Brexit' para o Reino Unido favorece os interesses da Escócia", disse a ministra principal escocesa.

Sturgeon, no entanto, têm dúvidas se May conseguirá obter um bom acordo com a União Europeia. "Nesta etapa antecipada, está claro que o acordo final será quase com certeza pior economicamente do que as regras atuais. Potencialmente, pode piorar", projetou Sturgeon.

"Os próximos dois anos serão enormemente importantes e determinarão em que tipo de país a Escócia se transformará", disse.

O parlamento de Holyrood, em Edimburgo, aprovou ontem com votos do SNP e do Partido Verde uma moção para que o governo local negocie com May um novo referendo. Em 2014, os defensores de manter a Escócia no Reino Unido venceram a consulta popular independentista com 55,3% dos votos.

May, no entanto, afirmou que esse não é o momento de convocar uma consulta e antecipou que negará qualquer referendo antes do fim do processo do "Brexit".

Na carta que a primeira-ministra enviou à União Europeia para notificar o início da saída do bloco, May disse que as autonomias do Reino Unido receberão novas responsabilidades assim que o desligamento for concluído.

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