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Povo judeu celebra Páscoa, que lembra a saída do Egito

Celebração, que se prolonga até 22 de abril, começa nesta noite com o jantar do ''Seder'', uma reunião em família em que todo judeu celebra com alegria

Pessach: durante a noite, é contada épica saída do Egito, guiada por Moisés, e pessoas comem alimentos que simbolizam infelicidades que antepassados viveram durante travessia no deserto (datafox/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 16h14.

Jerusalém - Os judeus de todo o mundo começam a celebrar nesta segunda-feira sua Páscoa ou ''Pessach'', uma festividade na qual se abstêm de comer pão e alimentos fermentados durante sete dias, marcando assim o início da primavera e o êxodo que os salvou da escravidão no Egito há 3.500 anos.

A celebração, que se prolonga até 22 de abril, começa nesta noite com o jantar do ''Seder'', uma reunião em família em que já não há fermento e que todo judeu, seja ortodoxo, secular ou reformista, celebra com alegria.

Durante a noite, é contada a épica saída do Egito, guiada por Moisés, e as pessoas comem os alimentos que simbolizam as amarguras e as infelicidades que seus antepassados viveram durante aquela travessia no deserto.

Assim, ao longo da noite os convidados reunidos em torno da mesa leem e cantam a ''Hagada'', que conta a história dos israelitas sob o jugo do faraó, os diversos pedidos de Moisés para que libertasse seu povo, das Dez Pragas que caíram sobre o Egito e a fuga de milhares de pessoas atravessando um Mar Vermelho aberto em canal.

A celebração é principalmente para as crianças. A elas, os pais contam a lenda e os fazem ficar acordados participando das tradicionais canções e da busca por um pedaço de pão sem fermento, o ''Afikoman'', escondido em algum cantinho da casa.

Mais no final, diversas fogueiras são acesas em todo o país. Nesse momento, os mais tradicionalistas queimam os últimos pedaços de pão, que substituirão, a partir de hoje, por uma espécie de torta fina feita com água e farinha.

A história conta que, tendo que escapar o mais rápido possível do Egito, os israelitas não puderam assar o pão corretamente e tiveram que se conformar com uma massa não fermentada, a ''matza''.


Há dias, vários supermercados mantêm lacrados e cobertos com lonas as seções com produtos que contêm fermento, assim como os cereais e os legumes. No entanto, nos últimos anos, o costume de não comer cereais parece estar perdendo força, pois um de seus principais argumentos, que data da Idade Média na Europa e apontava que os grãos podiam se misturar entre os legumes, não têm mais sentido na moderna Israel.

Entre as comunidades sefarditas (descendentes dos judeus que viveram na Península Ibérica) a proibição nunca foi aceita e o consumo de legumes durante a Páscoa continuou.

O ''Pessach'' coincide neste ano com a Semana Santa católica e ortodoxa, um dos momentos de grande fluxo de turistas e peregrinos na região. Segundo cálculos do Ministério de Turismo de Israel, 125 mil visitantes irão ao país nesses dias e 85% irão a Jerusalém.

''É emocionante e um privilégio poder passar a festa da liberdade em Israel'', afirmou à Agência Efe Verónica Polaski, uma turista argentina. Respeitando a tradição de não comer pão durante a semana pascal judia, a turista garante que a festividade lembra sua infância, passado, a história da família.

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Jerusalém - Os judeus de todo o mundo começam a celebrar nesta segunda-feira sua Páscoa ou ''Pessach'', uma festividade na qual se abstêm de comer pão e alimentos fermentados durante sete dias, marcando assim o início da primavera e o êxodo que os salvou da escravidão no Egito há 3.500 anos.

A celebração, que se prolonga até 22 de abril, começa nesta noite com o jantar do ''Seder'', uma reunião em família em que já não há fermento e que todo judeu, seja ortodoxo, secular ou reformista, celebra com alegria.

Durante a noite, é contada a épica saída do Egito, guiada por Moisés, e as pessoas comem os alimentos que simbolizam as amarguras e as infelicidades que seus antepassados viveram durante aquela travessia no deserto.

Assim, ao longo da noite os convidados reunidos em torno da mesa leem e cantam a ''Hagada'', que conta a história dos israelitas sob o jugo do faraó, os diversos pedidos de Moisés para que libertasse seu povo, das Dez Pragas que caíram sobre o Egito e a fuga de milhares de pessoas atravessando um Mar Vermelho aberto em canal.

A celebração é principalmente para as crianças. A elas, os pais contam a lenda e os fazem ficar acordados participando das tradicionais canções e da busca por um pedaço de pão sem fermento, o ''Afikoman'', escondido em algum cantinho da casa.

Mais no final, diversas fogueiras são acesas em todo o país. Nesse momento, os mais tradicionalistas queimam os últimos pedaços de pão, que substituirão, a partir de hoje, por uma espécie de torta fina feita com água e farinha.

A história conta que, tendo que escapar o mais rápido possível do Egito, os israelitas não puderam assar o pão corretamente e tiveram que se conformar com uma massa não fermentada, a ''matza''.


Há dias, vários supermercados mantêm lacrados e cobertos com lonas as seções com produtos que contêm fermento, assim como os cereais e os legumes. No entanto, nos últimos anos, o costume de não comer cereais parece estar perdendo força, pois um de seus principais argumentos, que data da Idade Média na Europa e apontava que os grãos podiam se misturar entre os legumes, não têm mais sentido na moderna Israel.

Entre as comunidades sefarditas (descendentes dos judeus que viveram na Península Ibérica) a proibição nunca foi aceita e o consumo de legumes durante a Páscoa continuou.

O ''Pessach'' coincide neste ano com a Semana Santa católica e ortodoxa, um dos momentos de grande fluxo de turistas e peregrinos na região. Segundo cálculos do Ministério de Turismo de Israel, 125 mil visitantes irão ao país nesses dias e 85% irão a Jerusalém.

''É emocionante e um privilégio poder passar a festa da liberdade em Israel'', afirmou à Agência Efe Verónica Polaski, uma turista argentina. Respeitando a tradição de não comer pão durante a semana pascal judia, a turista garante que a festividade lembra sua infância, passado, a história da família.

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