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Potências buscam intensificar monitoramento na Ucrânia

Ministros de Ucrânia, Rússia, França e Alemanha concordaram em buscar reforço à missão de monitoramento na Ucrânia e renovaram pedidos para cessar-fogo


	Soldado da Ucrânia: acordo de cessar-fogo tem sido frequentemente violado
 (Reuters)

Soldado da Ucrânia: acordo de cessar-fogo tem sido frequentemente violado (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 16h52.

Paris - Os ministros das Relações Exteriores de Ucrânia, Rússia, França e Alemanha concordaram nesta terça-feira em buscar um reforço à missão internacional de monitoramento na Ucrânia e renovaram seus pedidos para que um acordo de cessar-fogo, frequentemente violado, seja respeitado.

O encontro em Paris, que durou cerca de três horas, foi convocado na tentativa de resgatar um acordo que as quatro partes fecharam em Minsk, capital de Belarus, neste mês que estabelece os termos de um cessar-fogo e a retirada das armas no conflito no leste da Ucrânia entre forças do governo e separatistas pró-Rússia.

"Diante deste cenário, temos de ser mais ambiciosos sobre como vamos implementar medidas individuais do Acordo de Minsk", disse o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, a jornalistas depois do encontro. Ele classificou de "total" a falta de confiança entre as duas partes.

O chanceler francês, Laurent Fabius, disse que os quatro países concordaram em pedir a prorrogação por um ano do mandato dos monitores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) na Ucrânia, além de reforço no número de pessoas, nos equipamentos e no financiamento.

Steinheimer afirmou que houve alguns sinais de progresso no que diz respeito aos acordos para retirada de armamento pesado das zonas de conflito, mas afirmou que isso deve "acontecer fisicamente" nos próximos dias.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que as conversas foram úteis.

Seu colega ucraniano, Pavlo Klimkin, foi mais pessimista, e disse que os quatro países não concordaram em relação à linguagem da condenação dos eventos na cidade de Debaltseve, que foi tomada por separatistas pró-Rússia desde o momento em que o cessar-fogo deveria começar.

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