Mundo

Portugal corta 15% do quadro de altos funcionários do governo

O país aprovou ainda uma reforma trabalhista que reduzirá o valor das indenizações por demissões para novos contratos

As duas medidas fazem parte do plano para reduzir os gastos públicos e sanear a economia nacional, que Lisboa se comprometeu a aplicar em troca do resgate financeiro (Marcel Salim/EXAME.com)

As duas medidas fazem parte do plano para reduzir os gastos públicos e sanear a economia nacional, que Lisboa se comprometeu a aplicar em troca do resgate financeiro (Marcel Salim/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 14h15.

Lisboa - O Governo português aprovou nesta quarta-feira uma redução de 15% do quadro de altos funcionários do Administração e uma reforma trabalhista que reduzirá o valor das indenizações por demissões para novos contratos.

As duas medidas fazem parte do plano para reduzir os gastos públicos e sanear a economia nacional, que Lisboa se comprometeu a aplicar em troca do resgate financeiro de 78 bilhões de euros concedido ao país em maio pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros português, Luis Marques Guedes, informou sobre as duas decisões após uma reunião da entidade realizada nesta quarta-feira. A reforma trabalhista será discutida na semana que vem no Parlamento, embora sua aprovação já esteja garantida pela maioria absoluta pró-Governo.

A eliminação de altos funcionários em entidades públicas faz parte do chamado Plano de Redução e Melhoria da Administração Central, que busca eliminar pelo menos 15% das "estruturas orgânicas" e postos diretores em ministérios e entidades públicas.

O Governo português espera concluir esse corte de pessoal no dia 26 de outubro, segundo Guedes, que ressaltou o empenho do Executivo na "racionalização" administrativa e lembrou que esta medida faz parte do "exigente esforço de ajuste orçamentário" comprometido nos acordos do resgate financeiro.

Nos próximos meses, o Governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho tem de aprovar as leis necessárias para a extinção dos cargos e estruturas afetadas pela diminuição de custos, ainda não reveladas.

A outra medida aprovada nesta quarta-feira, a redução das indenizações por demissão, não afetará os contratos já em vigor nem suas renovações. Mas, no caso dos novos contratos, a indenização prevista agora pelo Código de Trabalho luso, de 30 dias por ano trabalhado, passará a ser de 20 dias de salário base com um máximo de 12 meses.

Guedes explicou que o Executivo espera que a reforma laboral decidida nesta quarta-feira possa entrar em vigor em setembro.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasDívida públicaEuropaOrçamento federalPiigsPortugal

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições