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Portugal comemora com marcha os 45 anos da Revolução dos Cravos

Portugal celebra a queda do ditador António de Oliveira Salazar, que comandou o país de 1932 a 1968, após a Revolução dos Cravos

Portugal: manifestantes marcharam pelas ruas de Lisboa bradando "Fascismo nunca mais!" (/Rafael Marchante/Reuters)

Portugal: manifestantes marcharam pelas ruas de Lisboa bradando "Fascismo nunca mais!" (/Rafael Marchante/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de abril de 2019 às 15h43.

Última atualização em 25 de abril de 2019 às 15h59.

Lisboa — Milhares marcharam em Portugal nesta quinta-feira para comemorar uma revolução quase sem derramamento de sangue de 45 anos atrás, que encerrou uma ditadura de quatro décadas, mas políticos disseram que os progressos econômicos e sociais do país não estão à altura de seu avanço democrático.

O ditador António de Oliveira Salazar comandou Portugal de 1932 a 1968, mas seu regime só desmoronou em 25 de abril de 1974, na famosa Revolução dos Cravos que levou Portugal à democracia.

Nesta quinta-feira, em Lisboa, manifestantes jovens e idosos marcharam pelas ruas bradando "Fascismo nunca mais!"

Manifestantes também foram às ruas do Porto, a segunda maior cidade portuguesa, para comemorar a libertação do país, mas também para exigir mais direitos.

Portugal terá uma eleição geral em outubro.

Segurando um cravo vermelho, o símbolo da revolução, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse a uma sala do Parlamento repleta de políticos e convidados que é preciso fazer mais para enfrentar os desafios mais urgentes do país.

"Queremos mais, muito mais, da nossa democracia social e cultural. Melhor, muito melhor da nossa democracia política e econômica", disse.

Portugal celebra Revolução dos Cravos e 45 anos de democracia

 

Portugal celebra Revolução dos Cravos e 45 anos de democracia

Portugal celebra Revolução dos Cravos e 45 anos de democracia em Coimbra

 

Portugal celebra Revolução dos Cravos e 45 anos de democracia em Coimbra

Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, que apoia o governo socialista de minoria do primeiro-ministro, António Costa, disse à emissora pública RTP que "ainda há muitas batalhas a travar para se conquistar a igualdade".

O líder do oposicionista Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, também argumentou que a nação precisa de reformas, especialmente em seus sistemas eleitoral, político e de justiça.

Os socialistas de Costa devem vencer a eleição de outubro, mas podem ter dificuldade de obter uma maioria.

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