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Porta-voz de Hillary renuncia após criticar o Pentágono

Philip Crowley pediu demissão após criticar condições de detenção de um soldado suspeito de colaborar com WikiLeaks

Porta-voz de Hillary Clinton, Philip Crowley, pediu demissão neste domingo

Porta-voz de Hillary Clinton, Philip Crowley, pediu demissão neste domingo

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2011 às 15h52.

Washington - O porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, renunciou ao cargo neste domingo, depois de criticar o Pentágono pelas condições de detenção de um soldado suspeito de passar ao site WikiLeaks milhares de mensagens diplomáticas e documentos militares confidenciais.

"Considerando o impacto de minhas palavras, pelas quais respondo integralmente, apresentei minha demissão como subsecretário de Assuntos Públicos e porta-voz do Departamento de Estado", disse Crowley, em declaração divulgada pelo próprio governo.

A informação foi dada há pouco pelo governo americano.

No dia 2 de março, o soldado americano Bradley Manning, preso por ter fornecido ao site WikiLeaks milhares de documentos confidenciais, foi acusado pela justiça militar dos Estados Unidos de 22 novos crimes, entre eles "conluio com o inimigo".

Este crime é passível da pena de morte, mas os promotores decidiram não recorrer a ela, segundo John Haberland, porta-voz da juridição militar da região de Washington, em comunicado.

Acrescentou, no entanto, que o soldado, de 23 anos, pode ser condenado à prisão perpétua.

O jovem, ex-analista de inteligência lotado no batalhão de apoio da 2ª Brigada da 10ª Divisão no Iraque, já havia sido acusado antes de outros 12 crimes e está desde julho passado numa prisão militar da Virgínia (leste).

É suspeito de ter fornecido ao WikiLeaks, que em seguida os tornou públicos, documentos militares americanos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão e milhares de telegramas diplomáticos secretos do Departamento de Estado.

O soldado "entrou em um programa interno do sistema de informática do governo para consultar informações confidenciais, depois as baixou e as transmitiu para a difusão pública e o uso do inimigo", explicou Haberland.

Manning foi preso com base em dados passados às autoridades pelo informante Adrian Lamo. Ele havia confessado a Lamo que era o responsável pelo vazamento de um vídeo sobre o ataque de um helicóptero americano a civis, em 12 de julho de 2007, em Bagdá.

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