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Poroshenko pede ajuda para controlar fronteira com a Rússia

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, pediu ajuda à comunidade internacional para controlar a fronteira com a Rússia

Presidente ucraniano, Petro Poroshenko: "pedimos a todo o mundo que ajude à Ucrânia" (Anatoli Stepanov/AFP)
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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 10h55.

Moscou - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, pediu ajuda à comunidade internacional para controlar a fronteira com a Rússia , na reunião que teve nesta terça-feira em Minsk, capital de Belarus, com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.

"Pedimos a todo o mundo que ajude à Ucrânia a criar um sistema de controle eficaz da fronteira com a Rússia, a fim de impedir a entrada de armas, veículos militares e mercenários", disse Poroshenko, citado pela agência de notícias ucraniana "Ukrinform".

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O líder ucraniano disse que se esse objetivo for atingido "o conflito será resolvido em muito pouco tempo".

"A Ucrânia paga um preço alto demais por sua independência e pelo direito de escolher por si mesma uma via civilizada de desenvolvimento", acrescentou.

Poroshenko informou a Catherine do agravamento da situação nas regiões orientais Ucrânia, onde as forças governamentais combatem contra as milícias separatistas pró-Rússia, e da detenção de dez soldados russos em território ucraniano.

As autoridades ucranianas divulgaram hoje vários vídeos com interrogatórios de soldados russos capturados na região de Donetsk. Em Moscou, uma fonte do Ministério da Defesa da Rússia admitiu que "estes militares efetivamente participavam de uma patrulha em um setor da fronteira russo-ucraniana e a cruzaram, provavelmente, por acaso, em uma zona não sinalizada".

Poroshenko chegou a Minsk hoje para se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, e representantes da União Europeia, com os quais falará sobre o conflito na Ucrânia e a segurança energética. A cúpula vai acontecer no Palácio da Independência da capital do país onde, primeiro, acontecerão consultas entre a União Aduaneira (Rússia, Belarus e Cazaquistão), Ucrânia e a União Europeia.

Espera-se que, em seguida, ocorram encontros bilaterais, entre os quais o mais esperado é o possível tête-à-tête entre Putin e Poroshenko, que se sentarão em uma mesma mesa em apenas uma ocasião e na presença de outros líderes europeus, para as celebrações de 70 anos do Desembarque da Normandia.

"Nesta reunião, se acontecer, esperamos um diálogo franco sobre o acerto da crise ucraniana e sobre os problemas humanitários", assegurou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.

Logo após chegar a Minsk, Poroshenko disse estar confiante de que a reunião com Putin, e os representantes da União Europeia trará a paz à Ucrânia.

"Espero que o resultado das reuniões seja a paz na Ucrânia. Se hoje alcançarmos um acordo que traga a paz, seria um acontecimento histórico", disse Poroshenko durante a reunião com o anfitrião bielorrusso, Aleksandr Lukashenko.

A reunião na capital bielorrussa ocorre em um ambiente de extrema desconfiança: Ucrânia e Ocidente acusam à Rússia de fornecer armamento aos rebeldes pró-Rússia, enquanto Moscou acusa Kiev de massacrar a população russa do leste ucraniano.

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