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Por telefone, Putin e Macron conversam sobre morte de Soleimani

Mais cedo nesta sexta, Rússia condenou assassinato do general iraniano pelos EUA, a quem fez elogios

Emmanuel Macron e Putin: os dois lados expressaram preocupação com a morte do comandante da Força Quds (Chesnot/Getty Images)
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EFE

Publicado em 3 de janeiro de 2020 às 14h08.

São Paulo — Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da França, Emmanuel Macron , expressaram nesta sexta-feira sua p reocupação com a morte do general iraniano Qasem Soleimani após ataque dos Estados Unidos e observaram que "essa ação pode agravar seriamente a situação na região do Oriente Médio".

Durante uma conversa telefônica, "os dois lados expressaram preocupação com a morte do comandante da Força Quds, unidade especial dos Guardiões da Revolução Islâmica, Qasem Soleimani, como resultado de um ataque dos EUA no aeroporto de Bagdá", disse o Kremlin em um comunicado.

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Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia havia condenado o assassinato do general iraniano, descrevendo o fato como um "passo aventureiro que levará a um aumento da tensão em toda a região".

"Soleimani se dedicou a defender os interesses nacionais do Irã. Expressamos nossas sinceras condolências ao povo iraniano", diz a nota oficial.

Já o Ministério da Defesa russo lembrou hoje que, "sob o comando direto de Qasem Soleimani, muito antes da criação pelos Estados Unidos da chamada coalizão internacional, a resistência militar internacional era organizada contra o Estado Islâmico e os grupos da Al Qaeda na Síria e no Iraque".

Por esta razão, descreveu como "míope" o que chamou de "assassinato" dos militares iranianos e previu "consequências muito negativas para todo o sistema de segurança internacional".

O Pentágono informou que o ataque, que também matou o vice-presidente da milícia iraquiana majoritariamente xiita, Forças de Mobilização Popular (PMF, na sigla em inglês), Abu Mahdi al-Muhandis, tinha como objetivo deter os planos futuros do Irã.

"O general Soleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região", afirmou o Pentágono em comunicado.

O fato ocorreu depois que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, adiou sua viagem para Ucrânia, Bielorrússia, Cazaquistão e Uzbequistão hoje devido ao ataque à embaixada americana em Bagdá.

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