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Por Brexit, May deve antecipar eleição, diz ex-líder conservador

Ex-líder do Partido Conservador William Hague afirmou que May necessita de segurança política para lidar com o processo de saída da União Europeia

William Hague: "temos uma nova primeira-ministra e gabinete enfrentando os desafios mais complexos dos tempos modernos" (Thierry Charlier/AFP)
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Reuters

Publicado em 7 de março de 2017 às 09h37.

Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, deveria convocar uma eleição geral antecipada para ter tempo e segurança política para lidar com o complicado processo de separação do país da União Europeia, o chamado Brexit , afirmou o ex-líder do Partido Conservador William Hague.

Em um texto publicado no jornal Daily Telegraph, Hague disse que "problemas estão a caminho" ao longo dos dois próximos anos enquanto o governo tenta implementar o Brexit, e que May precisa de uma maioria mais ampla na Câmara dos Comuns para impor mudanças.

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"Temos uma nova primeira-ministra e gabinete enfrentando os desafios mais complexos dos tempos modernos: as negociações do Brexit, o governo Trump, a ameaça de nacionalistas escoceses e muitas outras questões", afirmou o ex-secretário das Relações Exteriores do Reino Unido.

"Não há dúvida de que eles estariam em uma posição mais forte para conduzir o país através destes desafios com sucesso se tivessem uma maioria ampla e decisiva nos Comuns e um novo mandato inteiro à sua frente".

Hague disse que o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, é o "líder menos crível de todos os tempos" da legenda e que colocou o partido de oposição em "sua pior condição desde os anos 1930".

May deixou claro a seus colegas que não é a favor de uma eleição antecipada porque crê que seria uma medida interesseira e que criaria mais incerteza em um momento no qual o país necessita de estabilidade, segundo o Telegraph.

Hague disse que, para realizá-la, a premiê precisaria revogar a Lei de Parlamentos de Mandatos Fixos, que determina que só pode haver uma eleição a cada cinco anos, a menos que dois terços dos parlamentares concordem com um pleito ou o governo perca uma moção de confiança.

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