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Policial acusado de matar homem negro em NY é absolvido

"Após deliberar sobre a evidência apresentada neste caso, o grande júri não encontrou causa razoável para aprovar um processo legal", disse promotor

A viúva de Eric Garner, Esaw (D), e a mãe da vítima, Gwen Carr (E), durante entrevista coletiva após o anúncio de que o policial acusado de matar Eric não será levado a julgamento (Timothy A. Clary/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 06h12.

Nova York - Um grande júri de Nova York decidiu não levar a julgamento um policial branco acusado de matar um homem negro em um incidente polêmico ocorrido em Staten Island, em julho passado.

"Após deliberar sobre a evidência apresentada neste caso, o grande júri não encontrou causa razoável para aprovar um processo legal", disse o promotor Daniel Donovan, sem dar detalhes sobre a votação das 23 pessoas que integravam o painel.

Eric Garner, de 43 anos, suspeito de vender cigarros ilegalmente, morreu após ter sido contido à força por vários policiais brancos, um dos quais, identificado como Daniel Pantaleo, o segurou pelo pescoço, uma prática proibida em Nova York.

A decisão de não julgar Pantaleo ocorre dias depois de um júri de Ferguson (Missouri, sul) fazer o mesmo com outro policial branco que matou um jovem negro desarmado, gerando violentos protestos.

Pantaleo, 29 anos, divulgou um comunicado no qual assegura que jamais teve a intenção de machucar Garner, e manifesta suas "condolências à família por sua perda".

O prefeito Bill de Blasio fez um apelo à calma após a decisão: "Isto não é o que muitos em nossa cidade queriam, mas apesar de tudo, a cidade de Nova York tem uma tradição forte e orgulhosa de expressão por protestos não violentos. Confiamos em que os descontentes farão conhecer sua visão de modo pacífico e construtivo".

De Blasio, que cancelou sua presença na tradicional cerimônia de iluminação da árvore de Natal do Rockefeller Center, anunciou que um grupo de 60 policiais testará, a partir deste final de semana, uma mini câmera em seus uniformes, em uma tentativa de dar mais transparência às ações da polícia.

"As câmeras corporais farão com que as ruas sejam mais seguras e nossos policiais, mais eficazes", afirmou o prefeito ao apresentar o projeto em uma coletiva de imprensa no Queens.

Os atos de Pantaleo foram captados por uma câmera amadora. No vídeo, Garner, pai de três filhos, se queixa várias vezes de não conseguir respirar. Obeso e asmático, ele perdeu os sentidos em seguida e foi declarado morto no hospital.

Sua morte foi qualificada como homicídio pelo instituto médico legal da cidade e voltou a deixar em evidência as tensões raciais de Nova York e aumentar a pressão sobre as autoridades.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, citou a crescente desconfiança de parte da comunidade em relação à polícia: "Estamos vendo excessivas situações nas quais as pessoas não têm confiança de que houve um procedimento justo (...). Isto é um problema americano".

O secretário americano de Justiça, Eric Holder, anunciou que abrirá uma investigação federal sobre a possível violação de direitos civis.

"Nossos promotores realizarão uma investigação independente, profunda, justa e rápida", disse Holder à imprensa após a decisão de uma grande juri de absolver o policial Pantaleo.

Após o anúncio da absolvição do policial, pelo menos 30 pessoas foram detidas em protesto na cidade. O principal deles reuniu centenas de manifestantes nas proximidades do Rockefeller Center, em meio a turistas que observavam a tradicional árvore de Natal.

A polícia, que fechou completamente a 6ª Avenida, deteve vários ativistas que tentaram se sentar na calçada, constatou a AFP.

No final da tarde, outra manifestação ocorreu na Grand Central Station, onde cerca de 50 pessoas deitaram no chão como se estivessem mortas.

Os protestos em Nova York ocorrem após uma onda de manifestações, em todo o país, pela absolvição de outro policial branco, Darren Wilson, na semana passada, acusado de matar um jovem negro desarmado na cidade de Ferguson, no Missouri.

A polícia de Nova York, a maior dos Estados Unidos, conta com 35 mil oficiais e é criticada frequentemente pelo uso abusivo de força, especialmente contra as minorias latina e negra.

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Nova York - Um grande júri de Nova York decidiu não levar a julgamento um policial branco acusado de matar um homem negro em um incidente polêmico ocorrido em Staten Island, em julho passado.

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Eric Garner, de 43 anos, suspeito de vender cigarros ilegalmente, morreu após ter sido contido à força por vários policiais brancos, um dos quais, identificado como Daniel Pantaleo, o segurou pelo pescoço, uma prática proibida em Nova York.

A decisão de não julgar Pantaleo ocorre dias depois de um júri de Ferguson (Missouri, sul) fazer o mesmo com outro policial branco que matou um jovem negro desarmado, gerando violentos protestos.

Pantaleo, 29 anos, divulgou um comunicado no qual assegura que jamais teve a intenção de machucar Garner, e manifesta suas "condolências à família por sua perda".

O prefeito Bill de Blasio fez um apelo à calma após a decisão: "Isto não é o que muitos em nossa cidade queriam, mas apesar de tudo, a cidade de Nova York tem uma tradição forte e orgulhosa de expressão por protestos não violentos. Confiamos em que os descontentes farão conhecer sua visão de modo pacífico e construtivo".

De Blasio, que cancelou sua presença na tradicional cerimônia de iluminação da árvore de Natal do Rockefeller Center, anunciou que um grupo de 60 policiais testará, a partir deste final de semana, uma mini câmera em seus uniformes, em uma tentativa de dar mais transparência às ações da polícia.

"As câmeras corporais farão com que as ruas sejam mais seguras e nossos policiais, mais eficazes", afirmou o prefeito ao apresentar o projeto em uma coletiva de imprensa no Queens.

Os atos de Pantaleo foram captados por uma câmera amadora. No vídeo, Garner, pai de três filhos, se queixa várias vezes de não conseguir respirar. Obeso e asmático, ele perdeu os sentidos em seguida e foi declarado morto no hospital.

Sua morte foi qualificada como homicídio pelo instituto médico legal da cidade e voltou a deixar em evidência as tensões raciais de Nova York e aumentar a pressão sobre as autoridades.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, citou a crescente desconfiança de parte da comunidade em relação à polícia: "Estamos vendo excessivas situações nas quais as pessoas não têm confiança de que houve um procedimento justo (...). Isto é um problema americano".

O secretário americano de Justiça, Eric Holder, anunciou que abrirá uma investigação federal sobre a possível violação de direitos civis.

"Nossos promotores realizarão uma investigação independente, profunda, justa e rápida", disse Holder à imprensa após a decisão de uma grande juri de absolver o policial Pantaleo.

Após o anúncio da absolvição do policial, pelo menos 30 pessoas foram detidas em protesto na cidade. O principal deles reuniu centenas de manifestantes nas proximidades do Rockefeller Center, em meio a turistas que observavam a tradicional árvore de Natal.

A polícia, que fechou completamente a 6ª Avenida, deteve vários ativistas que tentaram se sentar na calçada, constatou a AFP.

No final da tarde, outra manifestação ocorreu na Grand Central Station, onde cerca de 50 pessoas deitaram no chão como se estivessem mortas.

Os protestos em Nova York ocorrem após uma onda de manifestações, em todo o país, pela absolvição de outro policial branco, Darren Wilson, na semana passada, acusado de matar um jovem negro desarmado na cidade de Ferguson, no Missouri.

A polícia de Nova York, a maior dos Estados Unidos, conta com 35 mil oficiais e é criticada frequentemente pelo uso abusivo de força, especialmente contra as minorias latina e negra.

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