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Polícia turca usa gás lacrimogêno para dispersar protesto

Os manifestantes responderam atirando pedras nos policiais, que também usavam jatos d'água


	Manifestantes em torno do monumento à República, na praça Taksim, em Istambul, depois de quatro dias de protestos: quase 500 pessoas foram detidas
 (Bulent Kilic/AFP)

Manifestantes em torno do monumento à República, na praça Taksim, em Istambul, depois de quatro dias de protestos: quase 500 pessoas foram detidas (Bulent Kilic/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 12h46.

Ancara - A polícia usou na tarde desta segunda-feira gás lacrimogêneo para dispersar um grupo de mil manifestantes em Ancara, no quarto dia de um movimento de contestação ao governo turco.

As forças de segurança agiram quando os manifestantes, em sua maioria jovens e estudantes, se reuniam na praça central de Kizilay, onde violentos confrontos foram registrados no domingo com vários feridos.

Os manifestantes responderam atirando pedras nos policiais, que também usavam jatos d'água.

Segundo a imprensa turca, quase 500 pessoas foram detidas no domingo na mesma praça, centro nervoso da capital turca.

Paralelamente, quase 3.000 pessoas protestaram em Istambul para denunciar o trabalho considerado parcial da imprensa turca em relação ao movimento de contestação anti-governamental que agita o país desde sexta-feira.

"Imprensa vendida! Não queremos uma imprensa submissa", gritava a multidão, reunida em frente à sede do grupo de comunicação Dogus Holding.

Os manifestantes também denunciaram a "submissão de vários grupos de imprensa, cuja cobertura do protesto contra o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan é considerada muito tímida.

A imprensa escrita e televisiva é amplamente controlada por conglomerados ligados ao poder islâmico-conservador.

O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, acusado de autoritarismo e de querer "islamizar" a sociedade turca, enfrenta um movimento de protesto de dimensão inédita desde a chegada ao poder do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, islamita moderado) em 2002.

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