Combatentes curdos tomam posições em defesa contra o Estado Islâmico (REUTERS/Rodi Said)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2015 às 10h41.
Istambul - As forças de segurança turcas detiveram nesta quarta-feira 302 pessoas em 39 províncias da Turquia, no marco da operação policial iniciada na sexta-feira contra simpatizantes da guerrilha curda PKK, grupos marxistas e redes jihadistas próximas ao Estado Islâmico (EI).
"No marco da investigação em andamento, está sendo realizada em 29 de julho de 2015 uma operação em 39 províncias contra a organização terrorista EI, contra a organização terrorista PKK e grupos vinculados, e contra várias organizações ilegais da esquerda", diz um comunicado do escritório do primeiro-ministro, recolhido pela agência semipública "Anadolu".
"Neste marco foram detidas (desde a sexta-feira) 1.302 pessoas que eram consideradas vinculadas a organizações terroristas. Parte dos detidos já foi coloca à disposição judicial e parte ainda não consta no processo", assinala a nota.
Segundo alguns dados avançados nos últimos dias pela "Anadolu", a grande maioria das pessoas foi detida por suspeitas de vínculos com o PKK ou seu braço juvenil e urbano, a YDG-H.
Além disso, as 15 pessoas detidas em Ancara nos primeiros dias sob suspeita de pertencer às redes do Estado Islâmico, entre as quais estavam 11 cidadãos, foram todas postas em liberdade após a Promotoria não encontrar indícios de crime, informa hoje a emissora "CNNTÜRK".
O partido da esquerda pró-curdos, HDP, denunciou que a operação policial se dirige principalmente contra suas próprias bases, da mesma forma que o alvo primordial da dupla ofensiva militar iniciada na sexta-feira é o PKK e não o Estado Islâmico.
Este último ponto foi confirmado pelo presidente, Recep Tayyip Erdogan, que ontem ressaltou que o tema principal levado à reunião da Otan em Bruxelas era a campanha contra a guerrilha curda.