Exame Logo

Polícia recua após ação contra manifestantes na Ucrânia

Manifestantes permaneceram em suas posições depois de uma ação noturna das tropas antichoque

Manifestantes pro-acordo de integração com a União Europeia durante protesto na Praça de Independência, em Kiev (Vasily Fedosenko/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 21h13.

Kiev - Manifestantes ucranianos permaneceram em suas posições nesta quarta-feira, depois de uma ação noturna das tropas antichoque, e os líderes dos protestos rejeitaram uma oferta do presidente para dialogar, insistindo em sua renúncia por ter preferido estreitar os laços do país com a Rússia a se aproximar da União Europeia.

Pressionado pela Europa e pelos Estados Unidos, que condenaram a destruição de um acampamento de protesto no centro de Kiev, o presidente do país, Viktor Yanukovich, propôs se reunir com líderes da oposição para encontrar uma saída à crise desencadeada no mês passado, quando cedeu à pressão de Moscou e descartou um acordo de livre-comércio com a UE.

O Departamento de Estado norte-americano afirmou nesta quarta-feira que considera todas as opções na relação com a Ucrânia , entre elas sanções, depois que as tropas antichoque avançaram para tentar conter as manifestações contra Yanukovich que já duram semanas.

"Todas as opções, incluindo sanções, estão na mesa, de nosso ponto de vista, mas obviamente isso ainda está sendo avaliado", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, a repórteres, se esquivando de especificar que tipo de sanções poderiam estar sob consideração.

"Nós estamos analisando opções políticas. Obviamente ainda não foi tomada uma decisão. Sanções estão incluídas. Mas eu não vou entrar em especificidades", completou.

Os opositores de Yanukovich rejeitaram o convite do presidente e insistiram em suas exigências, para que ele e seu governo renunciem, e mantiveram a ocupação da prefeitura de Kiev.

As autoridades fizeram a maior demonstração de força até o último momento a fim de recuperar o controle das ruas, enviando batalhões de tropas antichoque com escavadeiras para limpar a Praça Independência. Houve brigas e detenções, mas a polícia não entrou na prefeitura, localizada perto da praça, e já havia recuado pela manhã.

Horas depois, e após reuniões com autoridades norte-americanas e da UE, que exigiram que o presidente buscasse um compromisso, Yanukovich convidou opositores a se reunirem com ele para negociar uma saída, o que foi rejeitado.

Está em jogo o futuro de um país de 46 milhões de habitantes, dividido entre a esperança popular de se unir à corrente europeia e as exigências da antiga potência soviética Rússia, que controla o fluxo de gás natural necessário para evitar a quebra do país.

Líderes europeus dizem que o pacto comercial com a Ucrânia, rejeitado por Yanukovich, teria atraído investimentos. Mas as indústrias da era soviética do país depende do gás russo, dando a Moscou uma grande influência.

Yanukovich disse na terça-feira que estava comprometido com a integração europeia, mas que a Ucrânia não tinha outro remédio, a não ser restabelecer as relações comerciais com a Rússia.

Veja também

Kiev - Manifestantes ucranianos permaneceram em suas posições nesta quarta-feira, depois de uma ação noturna das tropas antichoque, e os líderes dos protestos rejeitaram uma oferta do presidente para dialogar, insistindo em sua renúncia por ter preferido estreitar os laços do país com a Rússia a se aproximar da União Europeia.

Pressionado pela Europa e pelos Estados Unidos, que condenaram a destruição de um acampamento de protesto no centro de Kiev, o presidente do país, Viktor Yanukovich, propôs se reunir com líderes da oposição para encontrar uma saída à crise desencadeada no mês passado, quando cedeu à pressão de Moscou e descartou um acordo de livre-comércio com a UE.

O Departamento de Estado norte-americano afirmou nesta quarta-feira que considera todas as opções na relação com a Ucrânia , entre elas sanções, depois que as tropas antichoque avançaram para tentar conter as manifestações contra Yanukovich que já duram semanas.

"Todas as opções, incluindo sanções, estão na mesa, de nosso ponto de vista, mas obviamente isso ainda está sendo avaliado", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, a repórteres, se esquivando de especificar que tipo de sanções poderiam estar sob consideração.

"Nós estamos analisando opções políticas. Obviamente ainda não foi tomada uma decisão. Sanções estão incluídas. Mas eu não vou entrar em especificidades", completou.

Os opositores de Yanukovich rejeitaram o convite do presidente e insistiram em suas exigências, para que ele e seu governo renunciem, e mantiveram a ocupação da prefeitura de Kiev.

As autoridades fizeram a maior demonstração de força até o último momento a fim de recuperar o controle das ruas, enviando batalhões de tropas antichoque com escavadeiras para limpar a Praça Independência. Houve brigas e detenções, mas a polícia não entrou na prefeitura, localizada perto da praça, e já havia recuado pela manhã.

Horas depois, e após reuniões com autoridades norte-americanas e da UE, que exigiram que o presidente buscasse um compromisso, Yanukovich convidou opositores a se reunirem com ele para negociar uma saída, o que foi rejeitado.

Está em jogo o futuro de um país de 46 milhões de habitantes, dividido entre a esperança popular de se unir à corrente europeia e as exigências da antiga potência soviética Rússia, que controla o fluxo de gás natural necessário para evitar a quebra do país.

Líderes europeus dizem que o pacto comercial com a Ucrânia, rejeitado por Yanukovich, teria atraído investimentos. Mas as indústrias da era soviética do país depende do gás russo, dando a Moscou uma grande influência.

Yanukovich disse na terça-feira que estava comprometido com a integração europeia, mas que a Ucrânia não tinha outro remédio, a não ser restabelecer as relações comerciais com a Rússia.

Acompanhe tudo sobre:ProtestosProtestos no mundoUcrâniaViolência policial

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame