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Polícia norueguesa procura câmera com a qual Breivik filmou massacre

Segundo jornal alemão, vários sobreviventes do massacre relataram que o assassino filmou o tiroteio na ilha no qual morreram 69 pessoas

O autor confesso dos ataques, Anders Behring Breivik (de vermelho) permanece isolado desde sua detenção, vigiado 24 horas ao dia para evitar que tente se suicidar  (Jon-Are Berg-Jacobsen/AFP)

O autor confesso dos ataques, Anders Behring Breivik (de vermelho) permanece isolado desde sua detenção, vigiado 24 horas ao dia para evitar que tente se suicidar (Jon-Are Berg-Jacobsen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 10h03.

Berlim - A Polícia norueguesa procura a câmera com a qual o autor do duplo atentado de Oslo, o ultradireitista Anders Behring Breivik, filmou pelo menos parte de seu massacre no acampamento dos jovens social-democratas da ilha de Utoeya.

Segundo o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, vários sobreviventes do massacre relataram que o assassino filmou o tiroteio na ilha, no qual morreram 69 pessoas, a maioria adolescentes que participavam do camping.

A Polícia continua buscando esse material e outras possíveis pistas na ilha, que permanece interditada semanas depois do duplo atentado, perpetrado por Breivik em 22 de julho.

Nos ataques morreram 77 pessoas, oito delas por conta da explosão de um carro-bomba no complexo governamental de Oslo e as 69 restantes no posterior tiroteio na ilha, localizada a 40 quilômetros da capital.

A Polícia norueguesa admitiu nesta terça-feira ter cometido um erro após receber o primeiro pedido de ajuda de Utoeya, já que foi escolhido um trajeto mais longo do que o necessário, segundo informações do canal público norueguês "NRK".

Breivik se entregou após mais de uma hora de intenso tiroteio e enquanto as centenas de adolescentes que participavam do tradicional camping fugiam apavorados e enviavam mensagens de socorro de seus telefones celulares aos seus parentes e à Polícia.

Segundo relatou a imprensa norueguesa, o próprio Breivik ligou para as autoridades para se entregar, apresentando-se como "comandante" de um "movimento de resistência anticomunista contra a islamização".

O autor do duplo atentado permanece isolado desde sua detenção, vigiado 24 horas ao dia para evitar que tente se suicidar ou que seja atacado por outros prisioneiros.

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