Polícia francesa mata homem que decapitou professor em Paris
Professor havia mostrado aos alunos caricaturas do profeta Maomé, as quais os muçulmanos consideram uma blasfêmia
Reuters
Publicado em 16 de outubro de 2020 às 17h39.
Última atualização em 16 de outubro de 2020 às 18h09.
A polícia francesa matou nesta sexta-feira um homem que, minutos antes, havia assassinado um professor do ensino médio cortando sua garganta em um subúrbio de Paris, informou a própria corporação.
O professor havia mostrado aos alunos caricaturas do profeta Maomé, as quais os muçulmanos consideram uma blasfêmia, segundo uma fonte policial.
O esquadrão antiterror da França afirmou que estava investigando o ataque, que ocorreu em Conflans Sainte-Honorine, um subúrbio ao noroeste de Paris.
O suspeito foi localizado por uma patrulha policial enquanto carregava uma faca a uma curta distância do local do ataque. A polícia matou o suspeito a tiros, de acordo com um porta-voz da polícia.
Uma fonte policial disse que testemunhas ouviram o agressor gritar "Allahu Akbar" ou "Deus é o maior". O porta-voz da polícia disse que as informações estavam sendo verificadas.
Outra fonte policial também disse que a vítima havia sido decapitada no ataque, mas isso não foi confirmado.
Um tópico do Twitter postado em 9 de outubro continha alegações de que um professor de história em Conflans Sainte-Honorine havia mostrado gravuras a alunos com a intenção de retratar o profeta Maomé.
O tópico continha o vídeo de um homem que disse que sua filha, uma muçulmana, era uma das alunas da classe e que ficou chocada com as ações do professor. A Reuters não foi capaz de verificar de forma independente a autenticidade do vídeo.
O ministro do Interior da França, Gérard Darmanin, disse que montou um centro de crise para lidar com o ataque desta sexta-feira e que mantém o presidente Emmanuel Macron informado.
Nos últimos anos, a França observou uma série de ataques violentos perpetrados por militantes islâmicos.
No final do mês passado, um homem que migrou do Paquistão para a França usou um machado para atacar e ferir duas pessoas do lado de fora da antiga redação da revista satírica Charlie Hebdo.
Esse foi o local onde militantes islâmicos atiraram contra funcionários da revista há cinco anos, em retaliação à publicação pela revista de charges do profeta Maomé.