Mundo

Polícia francesa entra em confronto com "coletes amarelos" em Estrasburgo

Os manifestantes voltaram às ruas da França dois dias depois de Macron propor cortes de impostos no valor de 5 bilhões de euros em resposta aos protestos

Os protestos anteriores de "coletes amarelos" em Estrasburgo foram em grande medida pacíficos (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

Os protestos anteriores de "coletes amarelos" em Estrasburgo foram em grande medida pacíficos (Jean-Paul Pelissier/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 27 de abril de 2019 às 16h33.

Paris- A polícia francesa disparou bombas de gás lacrimogêneo para afastar manifestantes que tentavam marchar em direção ao prédio do Parlamento Europeu na cidade de Estrasburgo, leste do país, no 24º fim de semana consecutivo de protestos contra as políticas do presidente Emmanuel Macron.

Os chamados manifestantes "coletes amarelos" voltaram às ruas da França dois dias depois de Macron delinear propostas de políticas, incluindo cortes de impostos no valor de cerca de 5 bilhões de euros em resposta aos protestos.

Os protestos, batizados em homenagem às jaquetas de alta visibilidade dos motoristas, começaram em novembro devido aos aumentos de impostos sobre combustíveis, mas se transformaram em uma revolta às vezes violenta contra políticos e um governo que eles consideram fora do alcance.

Muitos no movimento de base, que não tem uma estrutura de liderança, disseram que as propostas de Macron não avançaram o suficiente e que a maior parte do que ele anunciou não tinha detalhes.

Cerca de dois mil manifestantes se reuniram perto da sede das instituições da União Européia em Estrasburgo, onde os organizadores haviam planejado fazer um protesto internacional marchando simbolicamente para o prédio do Parlamento, um mês antes das eleições parlamentares da UE.

Os protestos anteriores de "coletes amarelos" em Estrasburgo foram em grande medida pacíficos.

Temendo a violência e danos de edifícios públicos que às vezes frustraram as manifestações, as autoridades proibiram protestos e cercaram a vizinhança onde o Parlamento e outras instituições da UE estão localizadas.

A TV francesa mostrou alguns manifestantes encapuzados jogando pedras e outros objetos na polícia.

Em Paris, que testemunhou algumas dos protestos mais violentos, a manifestação deste sábado, organizada em conjunto com a confederação sindical CGT, de extrema-esquerda, estava em geral calma. Os manifestantes também se reuniram em Lyon e Bordeaux.

Acompanhe tudo sobre:Emmanuel MacronFrançaProtestos

Mais de Mundo

Hezbollah lança grande ataque contra Israel, que declara emergência e bombardeia o Líbano

MP da Venezuela convoca candidato opositor para depor na segunda-feira

Estado Islâmico reivindica ataque com faca que deixou três mortos na Alemanha

Inundações em Bangladesh levam 300.000 pessoas para abrigos de emergência

Mais na Exame