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Polícia entra em confronto com manifestantes na Tunísia

As manifestações contra os aumentos de preços e impostos ocorreram em pelo menos doze locais da Túnisia na segunda-feira

Protestos: a revolta no país tem se intensificado desde o primeiro dia de 2018 (Zoubeir Souissi/Reuters)

Protestos: a revolta no país tem se intensificado desde o primeiro dia de 2018 (Zoubeir Souissi/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 21h34.

Túnis - A polícia da Tunísia entrou em confronto com manifestantes contrários ao governo na capital Túnis e em outras cidades nesta terça-feira, disseram moradores, com novos protestos contra medidas de austeridade um dia depois de uma pessoa morrer durante distúrbios.

As manifestações ocorreram em pelo menos doze locais da Túnisia na segunda-feira, entre elas as cidades turísticas de Sousse e Hammamet, em protesto contra os aumentos de preços e impostos ordenados pelo governo para reduzir o crescente déficit e satisfazer credores internacionais.

Em Túnis, a polícia usou gás lacrimogêneo em dois distritos e também contra um grupo que invadia um supermercado da cadeia Carrefour, disse uma testemunha. Não houve registros de vítimas.

Novos confrontos também ocorreram em Tebourba, a 40 km de Túnis, onde um manifestante foi morto na véspera, afirmaram testemunhas.

Horas antes, o principal partido de oposição havia defendido que os protestos continuassem até que o governo abolisse o que foi chamado de um orçamento injusto para 2018.

Embora seja vista como a única história de sucesso entre os países que tiveram revoltas durante a Primavera Árabe em 2011, a Tunísia teve nove governos desde então, e nenhum deles foi capaz de resolver os problemas econômicos.

A Europa se preocupa com a estabilidade na Tunísia, em parte porque o desemprego lá força muitos jovens a ir para o exterior.

A revolta no país tem se intensificado desde o primeiro dia de 2018, quando o governo aumentou o preço do petróleo e outros produtos e subiu impostos.

Há um ano, o governo tomou empréstimo do FMI de cerca de 2,8 bilhões de dólares, se comprometendo com reformas econômicas.

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