Polícia de Baltimore é acusada de violar direitos de negros
O relatório foi motivado pela morte, no ano passado, de Freddie Gray, um jovem negro que morreu sob custódia policial, detido mesmo sem ter cometido um crime
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2016 às 17h35.
Washington - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou nesta quarta-feira um relatório afirmando que a polícia da cidade de Baltimore (Maryland) violou, durante anos, os direitos civis da população negra com práticas discriminatórias.
Em entrevista coletiva em Baltimore, Vanita Gupta, responsável de Direitos Civis do Departamento de Justiça, recomendou melhoras no treinamento, na comunicação com os agentes, na investigação e na estratégia de patrulha em comunidades de população afro-americana.
O relatório foi motivado pela morte, em abril do ano passado, de Freddie Gray, um jovem negro que morreu sob custódia policial, detido mesmo sem ter cometido um crime.
Com pés e mãos amarrados, Gray sofreu graves ferimentos quando era conduzido em uma viatura e acabou morrendo uma semana depois. Nenhum dos seis policiais implicados na ação foi condenado.
Ao lado da prefeita da Cidade, Stephani Rawlings Blake, e do comissário de polícia, Kevin Davis, Gupta apresentou as conclusões e opinou que os problemas "não ocorreram da noite para dia", mas foram se consolidando ao longo dos anos.
O relatório indica que o tratamento dado aos negros por parte da polícia é "desproporcional", e apresenta exemplos como o de um homem afro-americano que foi alvo de revistas mais de 30 vezes em menos de quatro anos, sem que apresentasse indícios de cometimento de nenhum crime.
A prefeita Rawlings Blake garantiu que "vai ser iniciado um plano concreto para mudar a cultura da polícia de Baltimore", e que os padrões que regulam o uso da força serão revisados, assim como os processos disciplinares para os agentes acusados de abuso de poder ou excessos.
O comissário Davis, por sua vez, reconheceu que houve erros, mas garantiu que será elaborado um "roteiro" para implementar mudanças.
Davis ressaltou que não serão toleradas práticas discriminatórias em uma cidade com mais de 620 mil habitantes, cerca de dois terços deles negros, normalmente concentrados em bairros com graves problemas de desemprego, drogas e falta de oportunidades.
O chefe de polícia se comprometeu a "mudar e ganhar a confiança das comunidades" e transformar Baltimore em "um modelo" para outras grandes cidades americanas.
A morte de Gray foi a gota d'água para o recrudescimento da tensão racial no estado e desencadeou vários protestos que agora resultam em um compromisso das autoridades para examinar a raiz dos problemas e aplicar mudanças. EFE
Washington - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou nesta quarta-feira um relatório afirmando que a polícia da cidade de Baltimore (Maryland) violou, durante anos, os direitos civis da população negra com práticas discriminatórias.
Em entrevista coletiva em Baltimore, Vanita Gupta, responsável de Direitos Civis do Departamento de Justiça, recomendou melhoras no treinamento, na comunicação com os agentes, na investigação e na estratégia de patrulha em comunidades de população afro-americana.
O relatório foi motivado pela morte, em abril do ano passado, de Freddie Gray, um jovem negro que morreu sob custódia policial, detido mesmo sem ter cometido um crime.
Com pés e mãos amarrados, Gray sofreu graves ferimentos quando era conduzido em uma viatura e acabou morrendo uma semana depois. Nenhum dos seis policiais implicados na ação foi condenado.
Ao lado da prefeita da Cidade, Stephani Rawlings Blake, e do comissário de polícia, Kevin Davis, Gupta apresentou as conclusões e opinou que os problemas "não ocorreram da noite para dia", mas foram se consolidando ao longo dos anos.
O relatório indica que o tratamento dado aos negros por parte da polícia é "desproporcional", e apresenta exemplos como o de um homem afro-americano que foi alvo de revistas mais de 30 vezes em menos de quatro anos, sem que apresentasse indícios de cometimento de nenhum crime.
A prefeita Rawlings Blake garantiu que "vai ser iniciado um plano concreto para mudar a cultura da polícia de Baltimore", e que os padrões que regulam o uso da força serão revisados, assim como os processos disciplinares para os agentes acusados de abuso de poder ou excessos.
O comissário Davis, por sua vez, reconheceu que houve erros, mas garantiu que será elaborado um "roteiro" para implementar mudanças.
Davis ressaltou que não serão toleradas práticas discriminatórias em uma cidade com mais de 620 mil habitantes, cerca de dois terços deles negros, normalmente concentrados em bairros com graves problemas de desemprego, drogas e falta de oportunidades.
O chefe de polícia se comprometeu a "mudar e ganhar a confiança das comunidades" e transformar Baltimore em "um modelo" para outras grandes cidades americanas.
A morte de Gray foi a gota d'água para o recrudescimento da tensão racial no estado e desencadeou vários protestos que agora resultam em um compromisso das autoridades para examinar a raiz dos problemas e aplicar mudanças. EFE