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Polícia da Austrália mata jovem jihadista que atacou agentes

Polícia australiana matou jovem acusado de terrorismo e que conseguiu esfaquear dois membros das autoridades

Melbourne, na Austrália: suspeito foi identificado como Abdul Haider, de 18 anos (Robert Cianflone/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 11h20.

Sydney - A polícia australiana matou ontem à noite um jovem na cidade de Melbourne que era acusado de terrorismo e que conseguiu esfaquear dois membros das autoridades antes de sua captura, informou nesta quarta-feira (data local) o ministro da Justiça , Michael Keenan.

"A pessoa em questão era conhecida por ser um suposto terrorista e uma pessoa de interesse das agências de reforço da lei e inteligência", afirmou Keenan em uma breve declaração à imprensa na qual comentou que o agente que disparou contra o jovem atuou em legítima defesa.

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O suspeito foi identificado como Abdul Haider, de 18 anos, filho de uma família afegã, a quem os corpos de segurança vigiavam desde maio e tinha o passaporte cancelado, de acordo com os dados divulgados pelo chefe da polícia do estado de Victoria, Ken Lay, segundo a emissora "ABC".

Haider esteve associado com o grupo radical islâmico Al Furqan, do qual se separou recentemente, e tinha ameaçado o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott.

"Temos informação que esteve presente em um centro comercial na última semana com uma bandeira que acreditamos ser a do Estado Islâmico", detalhou o chefe policial.

O incidente ocorreu por volta das 19h40 locais (7h40 de Brasília) de terça-feira, quando o jovem chegou à delegacia de Endeavour Hills, no sudeste de Melbourne, para prestar depoimento como parte das investigações sobre suas supostas atividades terroristas.

Sem que se tenha revelado o motivo, o jovem atacou com uma faca dois agentes, que se encontram hospitalizados com ferimentos graves, mas em condição estável, antes de cair abatido por outro policial.

Cornelius, assistente do comissário da polícia do estado de Victoria, declarou nesta quarta-feira à imprensa que se tratava de um incidente isolado e explicou que aparentemente o jovem "não atuava em coordenação com outros indivíduos".

A morte do jovem acontece uma semana depois das operações antiterroristas nas cidades de Sydney e Brisbane, e que se revelasse que os jihadistas aparentemente tentavam decapitar civis e inclusive atacar o parlamento australiano.

Segundo o governo de Canberra, 60 jihadistas australianos combatem na Síria e Iraque enquanto outros 20 militantes já retornaram ao país.

Neste mês Austrália elevou o alerta terrorista ao nível "alto" perante a ameaça de atentados em meio à ofensiva internacional contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, na qual o país contribui com ajudas humanitárias e na entrega de armas.

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