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Polícia britânica reduz o cerco a Julian Assange

O jornalista australiano, responsável pela publicação de documentos confidenciais do governo americano, está refugiado desde 2012 na embaixada equatoriana

O fundador do Wikileaks, Julian Assange: refúgio na embaixada equatoriana desde junho de 2012 (Anthony Devlin/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2015 às 12h35.

A polícia britânica abandonou a partir desta segunda-feira a vigilância constante da embaixada equatoriana em Londres após mais de três anos, embora mantenha a intenção de deter Julian Assange se ele deixar o local.

Simultaneamente, o governo convocou mais uma vez o embaixador equatoriano Carlos Abad para criticar o fato de o fundador do WikiLeaks permanecer na embaixada.

A polícia "retirou a presença física de agentes fora da embaixada", disse em um comunicado, mas "segue comprometida em executar a ordem de prisão" do fundador do WikiLeaks.

"Passou-se um tempo significativo desde que Julian Assange entrou na embaixada e, apesar dos esforços de muita gente, não há perspectivas imediatas de uma resolução legal ou diplomática deste assunto", acrescentou.

O jornalista australiano, exigido como suspeito de vários crimes sexuais contra duas mulheres na Suécia, está refugiado desde junho de 2012 na embaixada equatoriana em Londres, no bairro de Knightsbridge.

O australiano teme que uma vez na Suécia seja extraditado aos Estados Unidos pela publicação de centenas de milhares de documentos confidenciais do governo americano através do WikiLeaks.

"Embora nenhuma tática garanta o êxito se Julian Assange abandonar a embaixada, a polícia mobilizará um certo número de táticas encobertas e abertas para detê-lo", acrescentou o comunicado

"Como todos os serviços públicos, os recursos da polícia são finitos", alega o texto, em referência velada ao alto custo de ter mantido um dispositivo permanente diante da legação equatoriana.

Segundo o WikiLeaks, o preço da vigilância constante foi até agora de 12,6 milhões de libras (19,3 milhões de dólares e 17 milhões de euros).

Frustração britânica

O alto custo da vigilância e a aparente falta de avanços para resolver a situação levaram o ministério das Relações Exteriores britânico a convocar nesta segunda-feira o embaixador equatoriano Carlos Abad.

"O chefe do Serviço diplomático, Simon McDonald, convocou hoje (12 de outubro) o embaixador equatoriano para notificá-lo mais uma vez sobre nossa profunda frustração" pela situação de Assange, afirmou o ministério em um comunicado.

"O Reino Unido foi absolutamente claro desde junho de 2012 de que temos a obrigação legal de extraditar Assange à Suécia. A obrigação permanece hoje", concluiu.

A Suécia está à espera de concretizar até o fim do ano um acordo judicial de cooperação com o Equador que permitiria que a justiça interrogasse Assange na embaixada.

Nos três anos em que está na legação, parte dos crimes dos quais é suspeito prescreveram, mas a denúncia de estupro apresentada por outra mulher segue em vigor.

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A polícia britânica abandonou a partir desta segunda-feira a vigilância constante da embaixada equatoriana em Londres após mais de três anos, embora mantenha a intenção de deter Julian Assange se ele deixar o local.

Simultaneamente, o governo convocou mais uma vez o embaixador equatoriano Carlos Abad para criticar o fato de o fundador do WikiLeaks permanecer na embaixada.

A polícia "retirou a presença física de agentes fora da embaixada", disse em um comunicado, mas "segue comprometida em executar a ordem de prisão" do fundador do WikiLeaks.

"Passou-se um tempo significativo desde que Julian Assange entrou na embaixada e, apesar dos esforços de muita gente, não há perspectivas imediatas de uma resolução legal ou diplomática deste assunto", acrescentou.

O jornalista australiano, exigido como suspeito de vários crimes sexuais contra duas mulheres na Suécia, está refugiado desde junho de 2012 na embaixada equatoriana em Londres, no bairro de Knightsbridge.

O australiano teme que uma vez na Suécia seja extraditado aos Estados Unidos pela publicação de centenas de milhares de documentos confidenciais do governo americano através do WikiLeaks.

"Embora nenhuma tática garanta o êxito se Julian Assange abandonar a embaixada, a polícia mobilizará um certo número de táticas encobertas e abertas para detê-lo", acrescentou o comunicado

"Como todos os serviços públicos, os recursos da polícia são finitos", alega o texto, em referência velada ao alto custo de ter mantido um dispositivo permanente diante da legação equatoriana.

Segundo o WikiLeaks, o preço da vigilância constante foi até agora de 12,6 milhões de libras (19,3 milhões de dólares e 17 milhões de euros).

Frustração britânica

O alto custo da vigilância e a aparente falta de avanços para resolver a situação levaram o ministério das Relações Exteriores britânico a convocar nesta segunda-feira o embaixador equatoriano Carlos Abad.

"O chefe do Serviço diplomático, Simon McDonald, convocou hoje (12 de outubro) o embaixador equatoriano para notificá-lo mais uma vez sobre nossa profunda frustração" pela situação de Assange, afirmou o ministério em um comunicado.

"O Reino Unido foi absolutamente claro desde junho de 2012 de que temos a obrigação legal de extraditar Assange à Suécia. A obrigação permanece hoje", concluiu.

A Suécia está à espera de concretizar até o fim do ano um acordo judicial de cooperação com o Equador que permitiria que a justiça interrogasse Assange na embaixada.

Nos três anos em que está na legação, parte dos crimes dos quais é suspeito prescreveram, mas a denúncia de estupro apresentada por outra mulher segue em vigor.

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