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Poeta egípcio é proibido de ir para Holanda receber prêmio

Segundo presidente da Comissão de Liberdades do Colégio de Jornalistas, Hadiq foi retido pelas forças de segurança no aeroporto do Cairo


	Aeroporto do Cairo: Hadiq foi detido em 2013 e posteriormente condenado a dois anos de prisão por se manifestar, uma prática proibida no Egito
 (Khaled Desouki / AFP)

Aeroporto do Cairo: Hadiq foi detido em 2013 e posteriormente condenado a dois anos de prisão por se manifestar, uma prática proibida no Egito (Khaled Desouki / AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 08h38.

Cairo - As autoridades egípcias proibiram nesta quinta-feira o poeta e ativista egípcio Omar Hadiq de viajar para Holanda, onde tinha previsto receber o prêmio Oxfam Novib/Pen de Liberdade de Expressão, indicaram à Agência Efe fontes do Colégio de Jornalistas egípcio.

Segundo Khaled al Balshi, presidente da Comissão de Liberdades do Colégio de Jornalistas, Hadiq foi retido pelas forças de segurança no aeroporto do Cairo quando tentava viajar e não o permitiram tomar o avião.

Hadiq foi detido em 2013 e posteriormente condenado a dois anos de prisão por se manifestar, uma prática proibida no Egito após o golpe de Estado militar de 3 de julho de 2013.

Em setembro de 2015, foi posto em liberdade após uma anistia decretada pelo presidente Abdul Fatah al Sisi e da qual foram beneficiados 100 ativistas políticos presos.

O escritor egípcio Alá al Aswani escreveu em sua conta no Twitter que "estava prevista a chegada de Omar Hadiq na Holanda para receber um prêmio à liberdade de expressão".

Segundo Al Aswani, a proibição de viajar representa "um escândalo para o regime perante os escritores e poetas de todo o mundo".

Os prêmios Oxfam Novib/PEN são literário entregues pela Fundação PEN e a filial holandesa da Oxfam para reconhecer a contribuição dos escritores à liberdade de expressão e que seguem trabalhando apesar de pôr em risco suas vidas.

As autoridades egípcias reprimiram os grupos da oposição egípcia, especialmente o movimento islamita da Irmandade Muçulmana, assim como os grupos e personalidades laicas que impulsionaram o levantamento popular de 25 de janeiro de 2011.

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