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Plínio: lei não vai barrar candidatura de ficha suja

Candidato à Presidência disse não acreditar na lei quando o assunto é política

O candidato a Presidência pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio (Wilson Dias/ABr)

O candidato a Presidência pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O candidato à Presidência, Plínio Sampaio (P-SOL), reconheceu hoje (14) que a lei não pode impedir a candidatura de políticos com ficha suja. "É muito difícil evitar isso. Somos advogados, lidamos com a lei, mas a lei tem limites. Não é possível que a lei consiga impedir esse tipo de situação", disse ao participar de sabatina na Ordem dos Advogados do Brasil.

Plínio disse acreditar pouco na lei, quando se trata de política. "Acredito em consciência, em opinião pública. Todas as outras coisas terão brechas, que serão utilizadas", disse. "Os nossos partidos sempre foram condomínios de caciques políticos", completou dizendo, sem citar nomes, que há "notórios candidatos corruptos circulando por aí".

Na sabatina, Plínio defendeu, como forma de evitar a corrupção eleitoral, o financiamento público de campanha "e a punição para o candidato que não usar esse sistema". Para implementar o financiamento público, Plínio sugeriu que os recursos de campanha não sejam enviados diretamente ao candidato, mas ao Tribunal Regional Eleitoral, que administraria os recursos. "Se o assunto ficar entre os políticos, a reforma política não vai sair nunca", acrescentou.

Na opinião do candidato, os principais problemas do país estão no cerceamento do debate político, no monopólio da mídia, na criminalização dos movimentos sociais e na reforma política.

O candidato ainda lamentou que as denúncias de violação de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB e as acusações de irregularidades envolvendo integrantes da Casa Civil estejam restringindo o debate eleitoral. "Quando os partidos recorrem ao vale tudo, a ideologia e a ética vão para o buraco. Desvia o debate daquilo que o povo brasileiro quer", disse ao chegar para sabatina na Ordem dos Advogados do Brasil.

O candidato ainda comemorou a repercussão que sua candidatura tem tido em redes sociais, como o Twitter. "O Twitter mostra que o impossível é possível. O Twitter pode dar uma virada. E me deixa alegre que a juventude do meu país está entendendo o que estou dizendo", afirmou.

Nas considerações finais, Plínio se classificou como um "radical". "Quem não for radical em relação ao sistema, não deve mesmo votar em mim. E como eu acho que não há muitos radicais, não vou ter muitos votos", concluiu.

Plínio Sampaio é o segundo candidato à Presidência a participar das sabatinas na OAB. Ontem, foi a vez de José Serra. Ainda hoje, os conselheiros vão ouvir Marina Silva, do PV. A candidata Dilma Rousseff, do PT, não irá participar.

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