Exame Logo

Plebiscito para mudar lei eleitoral italiana é rejeitado

O Tribunal Constitucional italiano considerou 'inadmissíveis' as questões apresentadas para um possível plebiscito para a escolha dos deputados e dos senadores

O sistema eleitoral vigente, que é resultado de uma lei aprovada em 2005 pelo Executivo de Berlusconi, esteve imerso em muitas polêmicas (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 10h38.

Roma - O Tribunal Constitucional italiano rejeitou nesta quinta-feira a realização de um plebiscito sobre a mudança do sistema eleitoral italiano, informou em comunicado.

O Conselho do Constitucional disse 'não' às duas perguntas do plebiscito apresentadas pelo comitê organizador da consulta sobre a lei eleitoral.

No comunicado, o tribunal considerou 'inadmissíveis' as questões apresentadas para um possível plebiscito para a escolha dos deputados e dos senadores.

A realização de uma consulta para alterar o sistema eleitoral italiano recebeu em 2 de dezembro sua primeira autorização pelo Tribunal Supremo, que recebeu 1,2 milhão de assinaturas, e estava à espera da decisão do Constitucional.

O sistema eleitoral vigente é resultado de uma lei aprovada em 2005 pelo Executivo de Berlusconi.

A norma, que foi aprovada em tempo recorde (a menos de seis meses das eleições de abril de 2006) e esteve imersa em muitas polêmicas, foi posteriormente qualificada pelo membro da Liga Norte e então ministro Roberto Calderoli como 'uma porcaria'.

A lei atual, que na Itália é conhecida como 'Porcellum' após as declarações de Calderoli, substituiu o sistema anterior, o chamado 'Mattarellum', método uninominal majoritário, por um proporcional que prevê a abolição das cadeiras uninominais e outorga taxas de maioria, já que oferece mais cadeiras à coalizão que conseguir mais votos.


A lei atual garante 'à lista ou coalizão de listas' mais votada a maioria absoluta.

As reações à decisão do Tribunal Constitucional não demoraram e o líder da Itália dos Valores (IDV), o ex-magistrado Antonio Di Pietro, declarou que 'a Itália está caminhando lentamente para uma perigosa deriva antidemocrática'.

Por sua vez, o presidente do comitê que promovia o plebiscito, Andrea Morrone, afirmou que 'esta não é a primeira nem será a última iniciativa de plebiscito que acaba com a suspensão da consulta, mas a batalha por um sistema majoritário e pela democracia na Itália continuará'.

O Parlamento pode abordar a reforma da lei eleitoral, embora isso não esteja previsto na agenda do novo Executivo tecnocrata de Mario Monti, que está centrado nas urgentes reformas econômicas e na 'fase dois' de sua reforma baseada no crescimento.

Veja também

Roma - O Tribunal Constitucional italiano rejeitou nesta quinta-feira a realização de um plebiscito sobre a mudança do sistema eleitoral italiano, informou em comunicado.

O Conselho do Constitucional disse 'não' às duas perguntas do plebiscito apresentadas pelo comitê organizador da consulta sobre a lei eleitoral.

No comunicado, o tribunal considerou 'inadmissíveis' as questões apresentadas para um possível plebiscito para a escolha dos deputados e dos senadores.

A realização de uma consulta para alterar o sistema eleitoral italiano recebeu em 2 de dezembro sua primeira autorização pelo Tribunal Supremo, que recebeu 1,2 milhão de assinaturas, e estava à espera da decisão do Constitucional.

O sistema eleitoral vigente é resultado de uma lei aprovada em 2005 pelo Executivo de Berlusconi.

A norma, que foi aprovada em tempo recorde (a menos de seis meses das eleições de abril de 2006) e esteve imersa em muitas polêmicas, foi posteriormente qualificada pelo membro da Liga Norte e então ministro Roberto Calderoli como 'uma porcaria'.

A lei atual, que na Itália é conhecida como 'Porcellum' após as declarações de Calderoli, substituiu o sistema anterior, o chamado 'Mattarellum', método uninominal majoritário, por um proporcional que prevê a abolição das cadeiras uninominais e outorga taxas de maioria, já que oferece mais cadeiras à coalizão que conseguir mais votos.


A lei atual garante 'à lista ou coalizão de listas' mais votada a maioria absoluta.

As reações à decisão do Tribunal Constitucional não demoraram e o líder da Itália dos Valores (IDV), o ex-magistrado Antonio Di Pietro, declarou que 'a Itália está caminhando lentamente para uma perigosa deriva antidemocrática'.

Por sua vez, o presidente do comitê que promovia o plebiscito, Andrea Morrone, afirmou que 'esta não é a primeira nem será a última iniciativa de plebiscito que acaba com a suspensão da consulta, mas a batalha por um sistema majoritário e pela democracia na Itália continuará'.

O Parlamento pode abordar a reforma da lei eleitoral, embora isso não esteja previsto na agenda do novo Executivo tecnocrata de Mario Monti, que está centrado nas urgentes reformas econômicas e na 'fase dois' de sua reforma baseada no crescimento.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEuropaItáliaJustiçaLegislaçãoPaíses ricosPiigsPolítica

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame