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Plano para aumentar eletricidade na África derrapa no começo

Barack Obama disse no ano passado a uma animada multidão na Cidade do Cabo que um plano de 7 bilhões de dólares para “Energizar a África”

Obama em visita à Cidade do Cabo: um ano depois, o projeto alcançou 25 por cento de sua meta de entregar 10 mil megawatts de eletricidade (Jason Reed/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 10h01.

Johanesburgo - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , disse no ano passado a uma animada multidão na Cidade do Cabo que um plano de 7 bilhões de dólares para “Energizar a África” dobraria a produção de eletricidade no continente mais pobre do mundo e traria “luz onde atualmente há escuridão”.

Um ano depois, o projeto do presidente norte-americano para a África alcançou 25 por cento de sua meta de entregar 10 mil megawatts de eletricidade e levar luz a 20 milhões de casas e negócios, de acordo com seu relatório anual.  Mas o plano de cinco anos ainda não decolou.

O programa não mediu seu progresso ao contar efetivos megawatts entregues para a rede elétrica, mas sim em promessas de eletricidade adicional feita em acordos que ajudou a negociar, de acordo com fontes que participam do programa e documentos vistos pela Reuters.  Alguns dos projetos facilitados pelo chamado Power Africa -um programa operado pela agência Usaid- estavam em desenvolvimento anos antes da concepção do esquema, e outros ainda estão na fase de planejamento.

Ainda é incerto quanto dos 7 bilhões de dólares prometidos por Obama realmente foram gastos, ou se mais 20 bilhões de dólares em compromissos de investimentos do setor privado vão se materializar.

“Dizer que você cumpriu as metas de projetos que nunca podem acontecer ou levar crédito por projetos que estão em desenvolvimento há anos me deixa desconfortável”, disse uma fonte que trabalha no Power Africa. “É enganador.”

A promessa de Obama de dobrar a geração de eletricidade na África dentro de cinco anos pareceu altamente ambiciosa desde o começo. A produção per capita de eletricidade na África sub-saariana tem estado estável há três décadas, considerando que muitas das usinas de energia prometidas nunca foram construídas.

“Estamos lidando com megawatts no papel, e não na rede elétrica”, disse uma segunda fonte que trabalha no projeto. “É realmente isso que Obama prometeu?”.

Primeiro presidente afro-americano dos EUA, filho de um queniano, Obama tem sido frequentemente criticado por seu tépido engajamento na África, consistindo mais em palavras do que em ações.

Os 48 países da África sub-saariana, com uma população combinada de 800 milhões de pessoas, produzem quase a mesma quantidade de energia elétrica que a Espanha, um país de apenas 46 milhões. Isso suprime o crescimento econômico no continente e mantém centenas de milhões de pessoas na pobreza.

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Um ano depois, o projeto do presidente norte-americano para a África alcançou 25 por cento de sua meta de entregar 10 mil megawatts de eletricidade e levar luz a 20 milhões de casas e negócios, de acordo com seu relatório anual.  Mas o plano de cinco anos ainda não decolou.

O programa não mediu seu progresso ao contar efetivos megawatts entregues para a rede elétrica, mas sim em promessas de eletricidade adicional feita em acordos que ajudou a negociar, de acordo com fontes que participam do programa e documentos vistos pela Reuters.  Alguns dos projetos facilitados pelo chamado Power Africa -um programa operado pela agência Usaid- estavam em desenvolvimento anos antes da concepção do esquema, e outros ainda estão na fase de planejamento.

Ainda é incerto quanto dos 7 bilhões de dólares prometidos por Obama realmente foram gastos, ou se mais 20 bilhões de dólares em compromissos de investimentos do setor privado vão se materializar.

“Dizer que você cumpriu as metas de projetos que nunca podem acontecer ou levar crédito por projetos que estão em desenvolvimento há anos me deixa desconfortável”, disse uma fonte que trabalha no Power Africa. “É enganador.”

A promessa de Obama de dobrar a geração de eletricidade na África dentro de cinco anos pareceu altamente ambiciosa desde o começo. A produção per capita de eletricidade na África sub-saariana tem estado estável há três décadas, considerando que muitas das usinas de energia prometidas nunca foram construídas.

“Estamos lidando com megawatts no papel, e não na rede elétrica”, disse uma segunda fonte que trabalha no projeto. “É realmente isso que Obama prometeu?”.

Primeiro presidente afro-americano dos EUA, filho de um queniano, Obama tem sido frequentemente criticado por seu tépido engajamento na África, consistindo mais em palavras do que em ações.

Os 48 países da África sub-saariana, com uma população combinada de 800 milhões de pessoas, produzem quase a mesma quantidade de energia elétrica que a Espanha, um país de apenas 46 milhões. Isso suprime o crescimento econômico no continente e mantém centenas de milhões de pessoas na pobreza.

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