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Pistorius vai a tribunal sem prótese para sensibilizar

Tremendo de emoção, Pistorius retirou as próteses e se exibiu às câmeras de televisão durante cinco minutos, enxugando as lágrimas com um lenço

Oscar Pistorius caminha sem protéses durante audiência em julgamento em Pretória: o campeão paralímpico de 29 anos pode receber uma sentença mínima de 15 anos de prisão (Siphiwe Sibeko/ Reuters)

Oscar Pistorius caminha sem protéses durante audiência em julgamento em Pretória: o campeão paralímpico de 29 anos pode receber uma sentença mínima de 15 anos de prisão (Siphiwe Sibeko/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 11h25.

Pretória - Oscar Pistorius se movimentou sem suas pernas protéticas em um tribunal da cidade sul-africana de Pretória nesta quarta-feira para demonstrar quão vulnerável fica sem seus membros artificiais, em uma tentativa da equipe de defesa do atleta para evitar uma longa pena de prisão por homicídio intencional.

O campeão paralímpico de 29 anos pode receber uma sentença mínima de 15 anos de prisão pelo assassinato de sua namorada, Reeva Steenkamp, em 2013, pelo qual promotores do Estado afirmaram que ele não demonstrou remorso.

Pistorius, que se sentou com a cabeça entre as mãos durante o terceiro dia da audiência de sentença, afirma ter confundido Reeva com um invasor quando disparou quatro tiros através da porta trancada de um banheiro de sua casa em Pretória, matando-a quase instantaneamente.

As partes inferiores das pernas do atleta foram amputadas quando ele era um bebê, e ele é conhecido como "Blade Runner" por causa das próteses de fibra de carbono que usava para correr.

O advogado de Pistorius, Barry Roux, pediu a seu cliente que andasse pela corte com seus membros amputados para mostrar a dificuldade que enfrentou quando se deparou com a ameaça de um invasor.

Tremendo de emoção, Pistorius retirou as próteses e se exibiu às câmeras de televisão durante cinco minutos, enxugando as lágrimas com um lenço.

O caso de Pistorius desencadeou um debate acalorado em um país assolado por níveis altos de crimes violentos contra mulheres.

Alguns grupos de direitos humanos dizem que o atleta branco e rico recebeu um tratamento preferencial.

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