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Piloto de helicóptero venezuelano foi morto em operação policial

O piloto foi morto durante uma operação policial na segunda-feira ao lado de outros seis membros de uma "célula terrorista" da Venezuela

Operação policial na Venezuela (Marco Bello/Reuters)

Operação policial na Venezuela (Marco Bello/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 15h37.

Última atualização em 16 de janeiro de 2018 às 21h38.

Caracas - O piloto venezuelano de helicóptero foragido Oscar Perez foi morto em uma operação policial na segunda-feira junto com seis outros membros de uma "célula terrorista", informou nesta terça-feira o ministro do Interior, provocando acusações da oposição de violações de direitos humanos.

Perez, um fotogênico ex-policial que no passado estrelou um filme de ação, usou um helicóptero roubado para atacar em 2017 prédios do governo e roubar armas de uma base militar, no que chamou de uma rebelião contra o presidente Nicolás Maduro.

Ele apareceu com o rosto sangrando em quase uma dúzia de vídeos no Instagram na segunda-feira, dizendo ter sido cercado por autoridades atirando contra ele com lança-granadas, mesmo que estivesse prometendo se render.

O ministro do Interior, Nestor Reverol, disse em entrevista coletiva que sete "terroristas", incluindo Perez, foram mortos em uma operação nos arredores de Caracas, além de dois policiais envolvidos na operação. Ele disse que o grupo de Perez atacou primeiro e que autoridades agiram em autodefesa.

O governo socialista de Maduro descreveu Perez como um "fanático terrorista extremista" e realizava uma busca por ele desde junho.

Críticos do governo inicialmente questionaram se os ataques de Perez foram feitos em conluio com o governo para justificar uma maior pressão sobre a oposição.

Mas sua morte provocou protestos sobre o que críticos chamaram de um assassinato extrajudicial e o transformou em um mártir para adversários linhas-duras de Maduro.

"Honra e glória aos bravos cidadãos que deram suas vidas por seus ideais", tuitou o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, agora no exílio na Espanha após ter sido preso por acusações de liderar um golpe contra Maduro.

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