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Para a Pfizer, é comprar e crescer

A farmacêutica Pfizer deve dar hoje outra mostra de que crescer por aquisições pode, sim, ser um grande negócio. Há oito trimestres consecutivos a empresa americana supera as estimativas dos analistas ao divulgar seus resultados. Nesta terça-feira a companhia, pode surpreender  outra vez. Analistas preveem um lucro de 62 centavos de dólar por ação, ante 56 […]

PFIZER: farmacêutica fez 21 aquisições em 10 anos, a última delas nesta segunda-feira  / Spencer Platt/Getty Images

PFIZER: farmacêutica fez 21 aquisições em 10 anos, a última delas nesta segunda-feira / Spencer Platt/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2016 às 21h23.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h30.

A farmacêutica Pfizer deve dar hoje outra mostra de que crescer por aquisições pode, sim, ser um grande negócio. Há oito trimestres consecutivos a empresa americana supera as estimativas dos analistas ao divulgar seus resultados. Nesta terça-feira a companhia, pode surpreender  outra vez.

Analistas preveem um lucro de 62 centavos de dólar por ação, ante 56 centavos do segundo trimestre do ano passado. A receita deve alcançar os 13 bilhões de dólares, ante 11,8 bilhões do ano passado. As ações da Pfizer estão em seu maior patamar na bolsa de Nova York em 10 anos. Seu valor de mercado passa dos 227 bilhões de dólares.

Parte da explicação está nas aquisições – foram 21 em 10 anos. A última foi anunciada ontem. A Pfizer comprou o laboratório especializado em genética Bamboo Therapeutics, fundado em 2014, por 150 milhões de dólares. Entra, assim, numa área promissora – o tratamento de doenças causadas por mutação genética com a introdução de genes sadios.

A estratégia usada para a aquisição da Bamboo é a mesma que explica outros negócios recentes da Pfizer: ao invés de gastar milhões com pesquisas de ponta em mercados promissores, é melhor comprar companhias que já desenvolvem produtos. Foi o que a Pfizer fez, por exemplo, em 2000, ao comprar a companhia responsável pelo Lipitor, uma pílula para baixar o colesterol, que nos últimos 10 anos gerou 91,7 bilhões de dólares.

A americana não é a única com essa estratégia. Um estudo da consultoria Bain constatou que nos últimos 20 anos as maiores empresas farmacêuticas do mundo tiveram mais de 70% de suas vendas oriundas de produtos desenvolvidos por terceiros.

Mas nem sempre a Pfizer consegue vencer as batalhas. Em abril, teve que abandonar a compra do laboratório irlandês Allergan, fabricante do Botox, por 150 bilhões de dólares por um veto das autoridades americanas, preocupadas com a mudança de operações importantes da Pfizer para a Irlanda. Um raro momento em que os investidores tiveram motivos para recorrer a seu famoso calmante Frontal.

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