Petraeus entrega o comando da força da Otan no Afeganistão
John Allen, que o substituirá, é um general americano que construiu sua reputação no Iraque estabelecendo alianças com os líderes sunitas
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 13h39.
Cabul - O general David Petraeus, comandante americano das forças da Otan no Afeganistão, transmitiu seu cargo nesta segunda-feira a John Allen, um general americano que construiu sua reputação no Iraque estabelecendo alianças com os líderes sunitas, constatou a AFP.
A cerimônia de entrega do comando ocorreu em Cabul poucas horas após o assassinato de um assessor chave do presidente afegão, Hamid Karzai.
O general Petraeus parte do Afeganistão depois de passar um ano na liderança da coalizão para assumir a direção da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), onde substituirá Leon Panetta, que, por sua vez, foi nomeado secretário de Defesa.
Petraeus deixa o país em um momento crítico para o Afeganistão, após o lançamento no domingo do processo de "transição" mediante o qual a Otan transmitirá progressivamente a responsabilidade pela segurança do país às forças afegãs.
A coalizão já iniciou a retirada de seus soldados, um processo que concretiza a transição, que terminará no fim de 2014. No entanto, diversos especialistas duvidam da capacidade das forças afegãs de garantir sozinhas a segurança do país.
Cerca de 130 mil militares da Otan estão atualmente mobilizados no Afeganistão para apoiar o governo do presidente Karzai diante da insurreição dos talibãs, derrubados pela invasão liderada pelos Estados Unidos no fim de 2001.
David Petraeus, considerado o artífice da estratégia dos Estados Unidos no Iraque, substituiu em junho de 2010 na direção da coalizão o general Stanley McChrystal, destituído após a imprensa publicar declarações suas muito críticas ao presidente Barack Obama.
David Petraeus, promotor de um reforço do contingente americano de 30 mil soldados, foi desautorizado recentemente pelo presidente Obama.
O presidente anunciou em junho a retirada até o verão de 2012 de 30 mil militares, ou seja, um terço do contingente americano no Afeganistão. Também anunciou a retirada da totalidade de reforços enviados desde o fim de 2009 para enfrentar a ofensiva dos insurgentes.
O general Petraeus, que nos últimos meses pediu uma retirada muito mais limitada, reagiu à decisão presidencial dizendo que era "uma versão muito mais radical do calendário" que apresentou a Obama.
Ao término de sua gestão, o balanço de Petraeus é insatisfatório.
A Otan garante ter detido o avanço dos talibãs em seus bastiões do sul do país. No entanto, especialistas respondem que os talibãs estão longe de ter sido vencidos nas regiões meridionais, e destacam que a insurreição ganhou força em seus bastiões do leste e segue avançando no resto do país.
A ONU anunciou na semana passada que 1.462 civis morreram nos primeiros seis meses de 2011, 15% a mais que no mesmo período do ano anterior.
O assassinato na semana passada de Ahmed Wali Karzai, meio-irmão do presidente e provavelmente o homem mais poderoso no sul do Afeganistão, também é considerado uma ameaça aos avanços das forças americanas em Kandahar, grande reduto insurgente.
A cerimônia de entrega aconteceu em Cabul, poucas horas depois que um assessor-chefe do presidente afegão Hamid Karzai foi assassinado.
Cabul - O general David Petraeus, comandante americano das forças da Otan no Afeganistão, transmitiu seu cargo nesta segunda-feira a John Allen, um general americano que construiu sua reputação no Iraque estabelecendo alianças com os líderes sunitas, constatou a AFP.
A cerimônia de entrega do comando ocorreu em Cabul poucas horas após o assassinato de um assessor chave do presidente afegão, Hamid Karzai.
O general Petraeus parte do Afeganistão depois de passar um ano na liderança da coalizão para assumir a direção da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), onde substituirá Leon Panetta, que, por sua vez, foi nomeado secretário de Defesa.
Petraeus deixa o país em um momento crítico para o Afeganistão, após o lançamento no domingo do processo de "transição" mediante o qual a Otan transmitirá progressivamente a responsabilidade pela segurança do país às forças afegãs.
A coalizão já iniciou a retirada de seus soldados, um processo que concretiza a transição, que terminará no fim de 2014. No entanto, diversos especialistas duvidam da capacidade das forças afegãs de garantir sozinhas a segurança do país.
Cerca de 130 mil militares da Otan estão atualmente mobilizados no Afeganistão para apoiar o governo do presidente Karzai diante da insurreição dos talibãs, derrubados pela invasão liderada pelos Estados Unidos no fim de 2001.
David Petraeus, considerado o artífice da estratégia dos Estados Unidos no Iraque, substituiu em junho de 2010 na direção da coalizão o general Stanley McChrystal, destituído após a imprensa publicar declarações suas muito críticas ao presidente Barack Obama.
David Petraeus, promotor de um reforço do contingente americano de 30 mil soldados, foi desautorizado recentemente pelo presidente Obama.
O presidente anunciou em junho a retirada até o verão de 2012 de 30 mil militares, ou seja, um terço do contingente americano no Afeganistão. Também anunciou a retirada da totalidade de reforços enviados desde o fim de 2009 para enfrentar a ofensiva dos insurgentes.
O general Petraeus, que nos últimos meses pediu uma retirada muito mais limitada, reagiu à decisão presidencial dizendo que era "uma versão muito mais radical do calendário" que apresentou a Obama.
Ao término de sua gestão, o balanço de Petraeus é insatisfatório.
A Otan garante ter detido o avanço dos talibãs em seus bastiões do sul do país. No entanto, especialistas respondem que os talibãs estão longe de ter sido vencidos nas regiões meridionais, e destacam que a insurreição ganhou força em seus bastiões do leste e segue avançando no resto do país.
A ONU anunciou na semana passada que 1.462 civis morreram nos primeiros seis meses de 2011, 15% a mais que no mesmo período do ano anterior.
O assassinato na semana passada de Ahmed Wali Karzai, meio-irmão do presidente e provavelmente o homem mais poderoso no sul do Afeganistão, também é considerado uma ameaça aos avanços das forças americanas em Kandahar, grande reduto insurgente.
A cerimônia de entrega aconteceu em Cabul, poucas horas depois que um assessor-chefe do presidente afegão Hamid Karzai foi assassinado.