Petistas articulam 'CPI do PSD' para apurar filiações
Bancada do PT quer investigar o uso da prefeitura de São Paulo para conseguir novos filiados para a legenda de Gilberto Kassab
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2011 às 09h41.
São Paulo - A bancada do PT na Câmara Municipal de São Paulo quer criar uma "CPI do PSD" para investigar o suposto uso da máquina da Prefeitura para a criação do novo partido do prefeito Gilberto Kassab. A oposição já coletou as 19 assinaturas necessárias e vai levar o pedido a plenário. Para impedir a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Kassab não só acionou sua base na Casa como chegou a ameaçar vereadores aliados que assinassem o pedido com cancelamento de emendas orçamentárias e perda de cargos nas subprefeituras.
A articulação pela CPI foi organizada pelo presidente do diretório municipal do PT, vereador Antonio Donato, e teve apoio da bancada do PR. A oposição se baseou em reportagens veiculadas nos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo nos últimos dias, que revelaram a ação de funcionários comissionados da Prefeitura na coleta de nomes para a criação do PSD, inclusive com uso da estrutura da Prefeitura - um repórter assinou a lista dentro do gabinete do subprefeito da Freguesia do Ó. Pela legislação eleitoral, o partido precisa de 482 mil assinaturas para ser criado.
Donato espera conseguir a anuência de mais parlamentares. "Vou protocolar o pedido na terça-feira, quando ocorre a nova sessão. Até lá com certeza teremos mais de 20 votos." Para ser aberta, a comissão precisa do apoio de 28 dos 55 vereadores. A oposição, porém, tem obtido no máximo 17 votos no plenário - o ex-tucano Juscelino Gadelha e Quito Formiga (PR), que têm votado com o governo, assinaram o pedido de CPI.
Para o líder de governo, Roberto Tripoli (PV), não existe motivo para a abertura de uma CPI política. "Essa é uma questão partidária, não é motivo para CPI. O prefeito já explicou", disse o líder, que negou qualquer ameaça de perda de cargo ou de emendas entre vereadores da base - confirmadas ao jornal O Estado de S. Paulo por quatro parlamentares. "Isso é uma bobagem. Cargos só existiam na época da gestão do PT, que quer antecipar as eleições de 2012. Essa CPI não será aberta."
Punição
Em evento na Prefeitura, na manhã de ontem, Kassab negou novamente que tenha pedido a coleta da assinaturas dentro dos órgãos do governo e afirmou que os envolvidos nas últimas denúncias precisam ser punidos. "Evidente que não apoiamos isso. Se existem irregularidades, elas deverão ser punidas para que sejam ações exemplares de um partido que quer ser diferente. Agradecemos a imprensa, é inadmissível", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - A bancada do PT na Câmara Municipal de São Paulo quer criar uma "CPI do PSD" para investigar o suposto uso da máquina da Prefeitura para a criação do novo partido do prefeito Gilberto Kassab. A oposição já coletou as 19 assinaturas necessárias e vai levar o pedido a plenário. Para impedir a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Kassab não só acionou sua base na Casa como chegou a ameaçar vereadores aliados que assinassem o pedido com cancelamento de emendas orçamentárias e perda de cargos nas subprefeituras.
A articulação pela CPI foi organizada pelo presidente do diretório municipal do PT, vereador Antonio Donato, e teve apoio da bancada do PR. A oposição se baseou em reportagens veiculadas nos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo nos últimos dias, que revelaram a ação de funcionários comissionados da Prefeitura na coleta de nomes para a criação do PSD, inclusive com uso da estrutura da Prefeitura - um repórter assinou a lista dentro do gabinete do subprefeito da Freguesia do Ó. Pela legislação eleitoral, o partido precisa de 482 mil assinaturas para ser criado.
Donato espera conseguir a anuência de mais parlamentares. "Vou protocolar o pedido na terça-feira, quando ocorre a nova sessão. Até lá com certeza teremos mais de 20 votos." Para ser aberta, a comissão precisa do apoio de 28 dos 55 vereadores. A oposição, porém, tem obtido no máximo 17 votos no plenário - o ex-tucano Juscelino Gadelha e Quito Formiga (PR), que têm votado com o governo, assinaram o pedido de CPI.
Para o líder de governo, Roberto Tripoli (PV), não existe motivo para a abertura de uma CPI política. "Essa é uma questão partidária, não é motivo para CPI. O prefeito já explicou", disse o líder, que negou qualquer ameaça de perda de cargo ou de emendas entre vereadores da base - confirmadas ao jornal O Estado de S. Paulo por quatro parlamentares. "Isso é uma bobagem. Cargos só existiam na época da gestão do PT, que quer antecipar as eleições de 2012. Essa CPI não será aberta."
Punição
Em evento na Prefeitura, na manhã de ontem, Kassab negou novamente que tenha pedido a coleta da assinaturas dentro dos órgãos do governo e afirmou que os envolvidos nas últimas denúncias precisam ser punidos. "Evidente que não apoiamos isso. Se existem irregularidades, elas deverão ser punidas para que sejam ações exemplares de um partido que quer ser diferente. Agradecemos a imprensa, é inadmissível", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.