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42% dos franceses são contra publicação de charges de Maomé

Levantamento de instituto também aponta que metade dos entrevistados defendem limites para a liberdade de expressão na internet


	Exemplares de nova edição de Charlie Hebdo mostra profeta Maomé: Metade dos franceses defendem limites para a liberdade de expressão na internet, diz pesquisa
 (Joël Saget/AFP)

Exemplares de nova edição de Charlie Hebdo mostra profeta Maomé: Metade dos franceses defendem limites para a liberdade de expressão na internet, diz pesquisa (Joël Saget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2015 às 11h32.

Mais de quatro franceses em cada dez (42%) estimam que a publicação de caricaturas do profeta Maomé deve ser evitada, e a metade é favorável a uma limitação da liberdade de expressão na internet, segundo uma pesquisa publicada neste domingo (18).

Neste pesquisa do instituto IFOP publicada pela revista Journal du Dimanche, diante da informação de que "alguns muçulmanos se sentem feridos ou agredidos pela publicação de caricaturas do profeta Maomé", 57% responderam que "não se deve levar em conta estas reações e continuar publicando este tipo de charges", contra 42%, que pensam que "é preciso levar em conta estas reações e evitar publicar este tipo de charges". Além disso, 1% manifestaram não ter opinião a respeito.

Cinquenta por cento das pessoas interrogadas declararam ser favoráveis a uma limitação da liberdade de expressão na internet e nas redes sociais contra 49%, que não estão de acordo com isso, e outros 1% sem opinião.

Além disso, 81% dos interrogados são favoráveis a retirar "a nacionalidade francesa das pessoas com dupla nacionalidade condenadas por atos de terrorismo em solo francês" e 68% defendem "a proibição de retornar à França para os cidadãos franceses suspeitos de ter ido lutar em países ou regiões controlados por grupos terroristas".

Segundo a pesquisa, 68% das pessoas são favoráveis à "proibição de sair do território para os cidadãos franceses suspeitos de querer viajar a estes países ou regiões controlados por grupos terroristas".

Já 57% não estão de acordo com "outras intervenções militares francesas na Síria, Iêmen ou Líbia, e 63% não querem "uma intensificação das operações militares francesas no Iraque".

Esta pesquisa foi realizada por telefone nos dias 16 e 17 de janeiro sobre uma amostra de 1.003 pessoas, representativa da população francesa adulta.

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