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Peru diz que ex-presidente está nos EUA e pode fugir para Israel

Governo ressaltou também que o alerta vermelho da Interpol para os 190 países da organização já está ativado para localizar Toledo

Alejandro Toledo: Ministério do Interior ofereceu nesta sexta-feira uma recompensa de US$ 30 mil para qualquer informação que leve à captura do ex-presidente (Mariana Bazo/Reuters)

Alejandro Toledo: Ministério do Interior ofereceu nesta sexta-feira uma recompensa de US$ 30 mil para qualquer informação que leve à captura do ex-presidente (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 20h42.

Lima, 10 fev (EFE).- O governo do Peru alertou nesta sexta-feira que o ex-presidente do país Alejandro Toledo, que tem contra si um mandado de captura internacional pelos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de influência, estaria em San Francisco, nos Estados Unidos, e pediu às autoridades americanas que colaborem para sua prisão e extradição.

Em um breve comunicado divulgado pela presidência do Conselho de Ministros, o governo peruano informou que, segundo suas fontes, as quais não identificou, Toledo também pode estar planejando uma "fuga" para Israel, cujas autoridades já foram alertadas sobre a possibilidade de o ex-presidente querer entrar no país.

Além disso, o governo ressaltou na nota que o alerta vermelho da Interpol para os 190 países da organização já está ativado para localizar Toledo.

"O governo peruano continuará fazendo todo o necessário, dentro do marco legal vigente, para que se cumpra a decisão do Poder Judiciário", diz o comunicado.

O Ministério do Interior ofereceu nesta sexta-feira uma recompensa de US$ 30 mil para qualquer informação que leve à captura do ex-presidente, depois que um tribunal pediu sua prisão preventiva por supostamente ter recebido US$ 20 milhões da Odebrecht para favorecer os negócios da construtora no país.

A prisão preventiva de Toledo seria necessária, segundo o juiz, porque o ex-presidente não vive no Peru e não demonstrou intenção de retornar ao país desde que seu envolvimento no caso se tornou público.

Atualmente, o político mora em San Francisco, onde trabalha como pesquisador na Universidade de Stanford.

Toledo é a primeira grande figura da política peruana envolvida no caso Odebrecht, cujos responsáveis confessaram à Justiça americana terem pagado US$ 29 milhões a funcionários do governo do Peru entre os anos de 2005 e 2014.

Esse período compreende os mandatos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016) à frente do governo peruano. EFE

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