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Peru começa a receber ajuda humanitária de países vizinhos

A Colômbia enviou nesta segunda-feira um avião 767 e dois helicópteros UH60 Black Hawk que se somarão aos trabalhos de resgate

Enchentes no Peru: a ajuda colombiana se uniu à que foi disponibilizada pelo Equador no domingo, quando um avião da força aérea desse país pousou com 3.000 porções alimentícias (Mariana Bazo/Reuters)

Enchentes no Peru: a ajuda colombiana se uniu à que foi disponibilizada pelo Equador no domingo, quando um avião da força aérea desse país pousou com 3.000 porções alimentícias (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de março de 2017 às 21h10.

Lima - O Peru começou a receber a ajuda humanitária enviada por países vizinhos como Equador, Colômbia e Chile para enfrentar as consequências das chuvas e inundações que deixaram, até o momento, 75 mortes e 100 mil desabrigados.

A Colômbia enviou nesta segunda-feira um avião 767 e dois helicópteros UH60 Black Hawk que se somarão aos trabalhos de resgate aos milhares de desabrigados que moram em cidades do litoral.

O avião pousou na capital Lima com 35 toneladas de materiais de assistência humanitária de emergência, segundo o diretor da União Nacional para a Gestão do Risco de Desastres, Carlos Ivan Márquez.

Pouco antes, chegaram à cidade de Piura, a 1.000 quilômetros ao norte de Lima, os dois helicópteros, que serão mobilizados para atuar entre Piura, Tumbes e Talara, perto da fronteira com o Equador.

Hoje também chegarão outros dois helicópteros MI 17 do exército colombiano, que se destinarão às mesmas tarefas em Trujillo, Chimbote e no norte de Lima.

As quatro aeronaves viajam com uma tripulação total de 42 pessoas, que apoiarão as ações logísticas e de transferência de desabrigados em uma operação com uma autonomia de cinco dias.

Márquez disse que se reunirá em Lima com o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, para informar que o chefe do governo colombiano, Juan Manuel Santos, lhe deu instruções de coordenar "o que for preciso adicionalmente" em apoio.

A ajuda colombiana se uniu à que foi disponibilizada pelo Equador no domingo, quando um avião da força aérea desse país pousou com 3.000 porções alimentícias que equivalem a três refeições diárias, cada.

O vice-ministro equatoriano de Redução do Risco de Desastres, Ricardo Peñaherrera, fez a entrega oficial dos alimentos ao primeiro vice-presidente do Peru, Martín Vizcarra, e ao ministro das Relações Exteriores, Ricardo Luna.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, também anunciou que seu país enviará hoje ao Peru um avião C-130 com carga de 20 toneladas de itens como água, cobertores, caixas de alimentos e produtos de higiene pessoal.

"Sabemos o que é enfrentar catástrofes naturais e o quão importante é normalizar o mais breve possível a vida das pessoas afetadas", declarou Bachelet.

O governo do Paraguai informou, por sua vez, que durante esta semana doará dez toneladas de arroz ao Peru, assim como mil kits de produtos de higiene e limpeza.

As inundações e deslizamentos dos últimos meses no Peru ocorreram por influência do fenômeno climatológico El Niño, que aqueceu inusitadamente a superfície marítima do litoral peruano, o que por sua vez provocou fortes chuvas.

Desde dezembro, quando o fenômeno começou a afetar o país, foram relatadas 75 mortes, além de 264 pessoas feridas, 20 desaparecidas e 100.000 desabrigados.

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