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Perseguidos pelo EI, yazidis são recebidos por Papa

Delegação yazidi foi liderada pelo líder da comunidade minoritária iraquiana, Tahsin Said Ali Beg, e pelo chefe espiritual supremo, o "baba sheikh" Skeikh Kato

Papa Francisco e Tahsin Said Ali: encontro durou cerca de 30 minutos (Osservatore Romano/Reuters)

Papa Francisco e Tahsin Said Ali: encontro durou cerca de 30 minutos (Osservatore Romano/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 14h15.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco recebeu nesta quinta-feira uma delegação de yazidis, para os quais transmitiu sua "proximidade espiritual" e apoio em "tempos de desafios", como classificou a perseguição da qual são alvo dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque.

"O Papa ofereceu aos delegados sua proximidade espiritual e seu apoio neste tempo de desafios, esperando que em breve possam ser restabelecidas a justiça e as condições de vida livre e pacífica para os yazidis e para todas as minorias que são alvos de discriminação e violência", informou a Santa Sé em comunicado.

A delegação yazidi foi liderada pelo líder da comunidade minoritária iraquiana, Tahsin Said Ali Beg, e pelo chefe espiritual supremo, o "baba sheikh" Skeikh Kato, ambos provenientes do Curdistão iraquiano.

Também estiveram presentes outros representantes dos yazidis do norte do Iraque, da Geórgia e da diáspora da Alemanha.

Todos expressaram agradecimento ao pontífice, a quem um dos presentes se referiu como "pai dos pobres", por seu apoio "nestes tempos de perseguição e sofrimento".

Além disso, informaram ao papa sobre a situação das mulheres yazidis escravizadas por combatentes do EI e falaram sobre suas boas relações com os cristãos da região, com os quais compartilham "recíproca solidariedade", segundo a nota oficial.

O encontro durou cerca de 30 minutos e ocorreu na biblioteca particular do Palácio Apostólico.

Os yazidis, de etnia curda e cuja religião se baseia no zoroastrismo, são alvos do Estado Islâmico, que os considera infiéis.

Mais de 500 mil yazidis e membros de outras religiões minoritárias fugiram do norte do Iraque desde junho de 2014, quando o EI se fortaleceu na região, e centenas foram assassinados, segundo dados da ONU.

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