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Perfil de terrorista norueguês revela cronologia de seu ódio

De acordo com jornal britânico, Breivik criticava até mesmo organizações mais conservadoras

Imagem retirada de vídeo não datado mostra Anders Behring Breivik com uma arma nas mãos (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2011 às 12h12.

Investigadores dos atentados da Noruega ainda tentam entender as verdadeiras intenções de Anders Behring Breivik, o assumido autor dos ataques. Para isso, mergulham em suas crenças e hábitos, que revelam um perfil ultraconservador de direita.

Um perfil publicado pelo jornalista Peter Beaumont, do jornal britânico "The Guardian", mostra a antiga aversão de Breivik ao multiculturalismo e, particularmente, ao Islã. Beaumont cita declaração de um amigo do assassino ao jornal norueguês VG, revelando que Breivik, hoje com 32 anos, já revelava preferências políticas de extrema direita desde seus vinte e poucos anos, quando começou a manifestar opiniões controversas sobre no Facebook e no site Document.no, avesso ao Islã.

Em sua militância online, Breivik se descrevia como um nacionalista, ofendia imigrantes somalis e criticava o antigo primeiro-ministro norueguês Gro Harlem Bundtland, membro do Partido Trabalhista. Brundtland havia comparecido ao acampamento jovem de Utoya um dia antes do massacre.

O assassino foi membro da juventude do Partido Progressista entre 1999 e 2004. Apesar de ser o partido mais conservador da Noruega, Breivik fez críticas ao fato de o grupo abraçar o multiculturalismo e a “correção política” em vez de tomar uma “posição idealista”.

Ainda assim, Breivik era descrito por seus correligionários como “calmo e quieto”, diz o Guardian. No entanto, quem o conhecia na adolescência afirma que sua visão extremista remontava aos tempos de ensino médio; um amigo teria chegado a sugerir que Breivik teria comparecido a eventos neonazistas na época.

Ainda de acordo com o jornal “The Guardian”, desde os ataques, o levantamento feito por jornalistas e pela polícia sobre a vida de Breivik indica que o assassino teria se correspondido com grupos de extrema direita em diversos países para discutir questões ideológicas e estratégias políticas, incluindo a criação de um partido nacionalista de extrema direita norueguês.

Crenças antigas

Criado em Oslo, Breivik relatou ter estudado na mesma escola primária que o príncipe da Noruega. Na adolescência, o rapaz descrevia tensões raciais entre noruegueses e jovens imigrantes.

Por iniciativa própria, Breivik batizou-se na Igreja Protestante aos 15 anos de idade, mas recentemente manifestou insatisfação com sua igreja, chamando-a de “piada”. “Pastores vestindo jeans marcham pela Palestina, e os templos parecem shopping centers minimalistas. Eu apoio uma reconversão coletiva indireta da Igreja Protestante para a Igreja Católica”, postou ele em 2009. Breivik também era membro da maçonaria.

Ainda de acordo com o perfil do Guardian, o terrorista era fã de video games violentos e de vestimentas em estilo militar. Com aspirações a ser um jovem empreendedor, mas sem muito sucesso nos negócios, Breivik aparece em fotos sempre bem vestido. Sua última empreitada foi a fazenda que ele mantinha desde 2009. O jovem admitiu em um post que seus negócios serviam para apoiar suas atividades políticas.

Breivik nunca escondeu suas visões racistas e ultraconservadoras, diz o perfil publicado pelo Guardian. Apaixonado por caça, também não escondia que tinha duas armas registradas, uma pistola Glock e um rifle automático, tudo publicado em sua página do Facebook.

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Investigadores dos atentados da Noruega ainda tentam entender as verdadeiras intenções de Anders Behring Breivik, o assumido autor dos ataques. Para isso, mergulham em suas crenças e hábitos, que revelam um perfil ultraconservador de direita.

Um perfil publicado pelo jornalista Peter Beaumont, do jornal britânico "The Guardian", mostra a antiga aversão de Breivik ao multiculturalismo e, particularmente, ao Islã. Beaumont cita declaração de um amigo do assassino ao jornal norueguês VG, revelando que Breivik, hoje com 32 anos, já revelava preferências políticas de extrema direita desde seus vinte e poucos anos, quando começou a manifestar opiniões controversas sobre no Facebook e no site Document.no, avesso ao Islã.

Em sua militância online, Breivik se descrevia como um nacionalista, ofendia imigrantes somalis e criticava o antigo primeiro-ministro norueguês Gro Harlem Bundtland, membro do Partido Trabalhista. Brundtland havia comparecido ao acampamento jovem de Utoya um dia antes do massacre.

O assassino foi membro da juventude do Partido Progressista entre 1999 e 2004. Apesar de ser o partido mais conservador da Noruega, Breivik fez críticas ao fato de o grupo abraçar o multiculturalismo e a “correção política” em vez de tomar uma “posição idealista”.

Ainda assim, Breivik era descrito por seus correligionários como “calmo e quieto”, diz o Guardian. No entanto, quem o conhecia na adolescência afirma que sua visão extremista remontava aos tempos de ensino médio; um amigo teria chegado a sugerir que Breivik teria comparecido a eventos neonazistas na época.

Ainda de acordo com o jornal “The Guardian”, desde os ataques, o levantamento feito por jornalistas e pela polícia sobre a vida de Breivik indica que o assassino teria se correspondido com grupos de extrema direita em diversos países para discutir questões ideológicas e estratégias políticas, incluindo a criação de um partido nacionalista de extrema direita norueguês.

Crenças antigas

Criado em Oslo, Breivik relatou ter estudado na mesma escola primária que o príncipe da Noruega. Na adolescência, o rapaz descrevia tensões raciais entre noruegueses e jovens imigrantes.

Por iniciativa própria, Breivik batizou-se na Igreja Protestante aos 15 anos de idade, mas recentemente manifestou insatisfação com sua igreja, chamando-a de “piada”. “Pastores vestindo jeans marcham pela Palestina, e os templos parecem shopping centers minimalistas. Eu apoio uma reconversão coletiva indireta da Igreja Protestante para a Igreja Católica”, postou ele em 2009. Breivik também era membro da maçonaria.

Ainda de acordo com o perfil do Guardian, o terrorista era fã de video games violentos e de vestimentas em estilo militar. Com aspirações a ser um jovem empreendedor, mas sem muito sucesso nos negócios, Breivik aparece em fotos sempre bem vestido. Sua última empreitada foi a fazenda que ele mantinha desde 2009. O jovem admitiu em um post que seus negócios serviam para apoiar suas atividades políticas.

Breivik nunca escondeu suas visões racistas e ultraconservadoras, diz o perfil publicado pelo Guardian. Apaixonado por caça, também não escondia que tinha duas armas registradas, uma pistola Glock e um rifle automático, tudo publicado em sua página do Facebook.

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