Mundo

Pequim decreta fim de alerta vermelho por poluição após 48h

Desde a madrugada, uma frente fria com ventos leves, porém sustentados, levou embora o nevoeiro de poluição que cobria Pequim


	Poluição: veículos privados entraram em uma espécie de rodízio, só podendo circular em dias determinados
 (REUTERS)

Poluição: veículos privados entraram em uma espécie de rodízio, só podendo circular em dias determinados (REUTERS)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 07h16.

Pequim - As autoridades de Pequim decretaram nesta quinta-feira o fim do alerta vermelha por poluição na capital chinesa após 48 horas de severas medidas para controlá-la e níveis de contaminação do ar inferiores aos de ocasiões anteriores.

O alerta foi finalizado às 12h locais (2h em Brasília), mas, desde a madrugada, uma frente fria com ventos leves, porém sustentados, levou embora o nevoeiro de poluição que cobria Pequim desde o último fim de semana.

As autoridades anunciaram na segunda-feira passada que, pela primeira vez desde a implantação de um sistema de alarme de quatro níveis em 2013 (vermelho, laranja, amarelo e azul), seria decretado o alerta vermelho, que durou de terça-feira até hoje.

Durante esse tempo, a cidade iniciou medidas para conter a poluição.

Veículos privados entraram em uma espécie de rodízio, só podendo circular em dias determinados, e caminhões pesados foram proibidos de fazer viagens.

Além disso, as obras foram suspensas e as fábricas mais poluentes reduziram ou suspenderam suas produções.

Entre elas estão as de geração de energia, as siderúrgicas e as de produção de cimento.

O pacote de medidas aliviou o denso trânsito de Pequim, também afetado pela recomendação às escolas de suspender as aulas e pelo pedido às empresas e instituições oficiais que permitissem horários flexíveis para seus trabalhadores.

Apesar de a medida ter sido elogiada por organizações como o Greenpeace e a Organização Mundial de Saúde (OMS), que ressaltou que as autoridades chinesas estão levando o problema muito a sério, alguns cidadãos consideraram como excessivas as restrições.

Depois do alerta vermelho, os níveis de poluição atingiram picos de 400 microgramas de PM 2,5 - as partículas mais prejudiciais à saúde - por metro cúbico.

Já na semana passada, quando somente o alerta laranja foi decretado em Pequim, o índice superou os 650 microgramas de PM 2,5 por metro cúbico.

A OMS estabelece em 25 microgramas por metro cúbico o nível máximo recomendado de partículas PM 2,5 presentes no ar para não afetar a saúde da população.

Com algumas escolas ainda fechadas hoje, uma pesquisa citada pela Rádio Nacional da China indicou que 70% dos pais não concordam com a suspensão das aulas por causa da poluição.

Por sua vez, o governo da China defendeu que o alerta vermelho é uma mostra de sua "determinação" em lutar contra a poluição e o aquecimento global, disse a porta-voz do ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaPequimPoluição

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal