Caças americanos viram o piloto inconsciente e as janelas congeladas, sinal de que a cabine teria perdido pressão e oxigênio em pleno voo (Greg Wood/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2014 às 16h48.
Washington - O pequeno avião dos Estados Unidos cuja tripulação não respondia às chamadas por rádio porque o piloto poderia ter ficado inconsciente atravessou o espaço aéreo cubano e caiu na Jamaica, segundo as autoridades americanas.
A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) confirmou que o pequeno avião, uma turboélice Socata TBM-700 que partiu de Rochester (Nova York) e devia ter aterrissado antes das 14h (horário local, 15h em Brasília) em Naples (Flórida), caiu a 14 milhas do litoral da Jamaica.
O Comando de Defesa Aérea da América do Norte (Norad) ordenou que dois caças F-15 seguissem o pequeno avião até que ele adentrou no espaço aéreo cubano pouco antes das 14h (15h de Brasília).
Os caças americanos viram o piloto inconsciente e as janelas congeladas, sinal de que a cabine teria perdido pressão e oxigênio em pleno voo.
A FAA disse em comunicado que o piloto deixou de responder às chamadas por rádio por volta das 10h (11h) quando voava perto de 7.600 metros de altura, abaixo dos 8.500 metros do plano de voo inicial.
As autoridades de segurança aérea americanas mantiveram contato com as autoridades cubanas durante o incidente e a passagem da aeronave sobre o leste cubano.
Os caças F-15 americanos escoltaram a aeronave até a linha de 12 milhas litorâneas que marca o espaço aéreo cubano e detectaram que um caça cubano seguiu a rota do pequeno avião americano uma vez em seu território.
O pequeno avião pertence ao conselheiro executivo de uma imobiliária de Rochester (Nova York), identificado como Larry Glazer, segundo o jornal local de Rochester.
O mais provável é que o pequeno avião tenha finalmente caído ao esgotar todo seu combustível, ao manter seu rumo com o dispositivo de voo automático, depois que o piloto e a tripulação ficaram inconscientes.
A porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf, disse que as autoridades americanas entraram em contato com funcionários de Cuba e das Bahamas por se tratar de um assunto de segurança.
"É um assunto de segurança e estivemos em contato com os dois países", explicou Harf em sua entrevista coletiva diária, sem dar mais detalhes sobre as conversas ou os interlocutores.