Departamento de Defesa dos EUA destinará US$ 9,3 milhões em cinco anos para a capacitação e melhora das investigações e processos (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 20h20.
Washington - As Forças Armadas dos Estados Unidos reportaram 3.191 denúncias de agressão sexual em 2011, mas o número real provavelmente deve rondar os 19 mil porque a maioria desses casos não são registrados, informou nesta quarta-feira o secretário de Defesa americano, Leon Panetta.
Diante dessa situação, o Pentágono decidiu tomar novas medidas para evitar a ocorrência dessas situações no seio das Forças Armadas.
'Nossos homens e mulheres uniformizados arriscam a vida todos os dias para manter os Estados Unidos seguros. Temos o dever moral de mantê-los a salvo daqueles que atacam sua dignidade e sua honra', disse Panetta.
Em 2011, houve 3.191 denúncias de abuso sexual, um aumento desde 2005, quando o Departamento de Defesa começou a registrar os casos com a metodologia atual.
Panetta anunciou a criação de um novo programa do Departamento de Defesa que incluirá coordenadores que respondam aos casos de violência sexual e defensores das vítimas, cujo trabalho consistirá em supervisionar o atendimento delas desde o momento do relatório inicial da mesma maneira que os padrões nacionais de agências civis.
Além disso, os cônjuges de militares e filhos adultos, assim como os civis do Departamento de Defesa fora dos Estados Unidos, poderão apresentar relatórios confidenciais de abusos.
O Departamento de Defesa destinará US$ 9,3 milhões em cinco anos para a capacitação e melhora das investigações e processos e emitirá um relatório dentro de 120 dias sobre a avaliação da formação dos comandantes em matéria de abuso sexual.
No mês passado, o Pentágono anunciou outras duas medidas, uma que permite às vítimas de abuso reportá-lo imediatamente a outras unidades e outra cujo objetivo é conservar os documentos militares durante 50 anos para facilitar a reivindicação de compensações dos veteranos no futuro.