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Pentágono descarta intervenção militar iminente para derrubar Maduro

Almirante americano garantiu que uma transição democrática "já está no caminho" na Venezuela

Protestos contra Maduro na Espanha, dia 1/5/2019 (Juan Medina/Reuters)

Protestos contra Maduro na Espanha, dia 1/5/2019 (Juan Medina/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de maio de 2019 às 15h41.

Washington - O almirante Craig Faller, responsável pelo Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos (SouthCom), descartou nesta quarta-feira uma intervenção militar iminente na Venezuela para derrubar o governo do presidente Nicolás Maduro e garantiu que uma transição democrática "já está no caminho".

O militar compareceu nesta quarta-feira à Comissão de Serviços Armados da Câmara dos Representantes para abordar os desafios que as forças americanas enfrentam na América do Sul e no Caribe, em uma audiência que esteve marcada pelos últimos eventos que aconteceram em Caracas.

Faller disse que "o alto comando (militar dos EUA) deixou claro que esta tem, ou deve ser, principalmente uma transição democrática".

"Nós apoiamos completamente o processo diplomático", disse o almirante, em resposta a uma pergunta do presidente da comissão, o democrata Adam Smith, sobre se ele considerava que as forças armadas dos EUA teriam algum papel para derrubar o governo de Maduro.

Faller assinalou que os esforços do Pentágono estão concentrados em colaborar em gestão e inteligência com os aliados dos EUA na região, e que Washington já está analisando como será "o dia seguinte" no caso de uma hipotética saída de Maduro.

"Uma transição democrática está no caminho", garantiu o almirante.

Faller acusou Maduro de liderar "uma ditadura brutal" e a Rússia de fornecer a ele "um salva-vidas através empréstimos, de apoio técnico e militar e de sua retórica".

Além disso, o almirante enviou uma mensagem direta aos membros das forças armadas e de segurança da Venezuela: "Vocês têm a oportunidade de fazer o correto e de aliviar o sofrimento do povo e de suas famílias, a quem juraram proteger. Quando a democracia tiver sido restaurada, esperamos que vocês voltem aos serviços".

Os EUA vêm pressionando os militares venezuelanos para que deem as costas a Maduro e aceitem como presidente legítimo o líder opositor Juan Guaidó, que é reconhecido como chefe de Estado interino da Venezuela por mais de 50 países.

Na madrugada de ontem, Guaidó liderou uma rebelião militar que permitiu a libertação do também opositor Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar desde meados de 2017, e que resultou em protestos no país.

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