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Paz leva mais de um milhão de colombianos às ruas de Bogotá

Segundo o FOPAE de Bogotá, 900 mil pessoas participaram desde o começo até o fim da passeata e outras 150 mil o fizeram de forma intermitente pelo percurso

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 21h14.

Bogotá - Mais de um milhão de pessoas, entre elas o presidente Juan Manuel Santos, ex-guerrilheiros e grupos de esquerda, mas sobretudo cidadãos comuns, saíram nesta terça-feira às ruas de Bogotá para apoiar o processo de paz do governo da Colômbia com as Farc e pedir o fim do conflito armado no país.

Segundo o Fundo de Prevenção e Atendimento de Emergências (FOPAE) de Bogotá, 900 mil pessoas participaram desde o começo até o fim da passeata, enquanto outras 150 mil o fizeram de forma intermitente ao longo do percurso, o que soma mais de um milhão de pessoas nas ruas da capital colombiana.

O diretor do FOPAE, Javier Pava Sánchez, destacou além disso em entrevista à Agência Efe que "foi uma mobilização tranquila", na qual "não houve nenhum incidente", apenas alguns desmaios e indisposições.

Vestidos com camisetas brancas representando a paz, os manifestantes percorreram as ruas com cartazes que apoiavam as negociações que o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) iniciaram em novembro do ano passado em Cuba, a fim de buscar saídas negociadas para o conflito interno que o país sofre há mais de 50 anos.

Os únicos ausentes à manifestação, convocada inicialmente pelo movimento esquerdista Marcha Patriótica, foram setores ultraconservadores liderados pelo ex-presidente Álvaro Uribe e opositores do governo, que consideraram a mobilização como um ato eleitoral de Santos.

O presidente foi quem inaugurou a passeata no Monumento dos Heróis Caídos e caminhou ao longo de um trecho da Avenida El Dorado, acompanhado de sua esposa, María Clemência Rodríguez; do ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, e de outros membros de seu gabinete ministerial.


Santos afirmou à Agência Efe durante o percurso que a Colômbia tem hoje "a oportunidade de mudar" sua história de violência.

Por sua vez, o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, passou a liderar a marcha a partir do Centro de Memória Histórica até a Praça de Bolívar, no centro, já repleta de pessoas vindas de toda a Colômbia.

Petro afirmou que a manifestação "não é do ódio, não é da vingança, nem da retaliação" e convidou os colombianos a se mobilizar para "construir uma nova nação".

Entre os que escutavam Petro havia milhares de indígenas, afrocolombianos e camponeses vindos de regiões tão remotas e convulsas como Arauca, Cauca ou Chocó, e a maioria usava camisetas do movimento político Marcha Patriótica.

Todos aclamaram a ex-senadora Piedad Córdoba quando esta apareceu na passeata e pediu ao falecido presidente venezuelano Hugo Chávez que desse "um abraço de urso" em Simón Bolívar e que ambos fizesem o mesmo com Jorge Eliécer Gaitán.

Córdoba se referia a um popular líder político assassinado em 9 de abril de 1948, o que gerou os protestos conhecidas como "El Bogotazo", que deram início a uma etapa de violência política que até hoje não terminou.

A maior convocação já realizada até o momento na Colômbia em prol de uma mesma causa aconteceu em 4 de fevereiro de 2008, quando em várias cidades do país cidadãos protestaram contra os sequestros das Farc, mas na ocasião, ao contrário de agora, a esquerda não participou.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) mostrou hoje em cerimônia seu apoio à manifestação pela paz na Colômbia por meio de seu secretário-geral, José Miguel Insulza, que a qualificou como uma "oportunidade" para a reconciliação no país.

Insulza disse que esta passeata "reforça o sentir majoritário da sociedade em fortalecer um projeto de paz" e mostra ao mundo que "a única coisa que os colombianos querem é pôr fim ao conflito armado e viver em harmonia e sem violência".

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Bogotá - Mais de um milhão de pessoas, entre elas o presidente Juan Manuel Santos, ex-guerrilheiros e grupos de esquerda, mas sobretudo cidadãos comuns, saíram nesta terça-feira às ruas de Bogotá para apoiar o processo de paz do governo da Colômbia com as Farc e pedir o fim do conflito armado no país.

Segundo o Fundo de Prevenção e Atendimento de Emergências (FOPAE) de Bogotá, 900 mil pessoas participaram desde o começo até o fim da passeata, enquanto outras 150 mil o fizeram de forma intermitente ao longo do percurso, o que soma mais de um milhão de pessoas nas ruas da capital colombiana.

O diretor do FOPAE, Javier Pava Sánchez, destacou além disso em entrevista à Agência Efe que "foi uma mobilização tranquila", na qual "não houve nenhum incidente", apenas alguns desmaios e indisposições.

Vestidos com camisetas brancas representando a paz, os manifestantes percorreram as ruas com cartazes que apoiavam as negociações que o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) iniciaram em novembro do ano passado em Cuba, a fim de buscar saídas negociadas para o conflito interno que o país sofre há mais de 50 anos.

Os únicos ausentes à manifestação, convocada inicialmente pelo movimento esquerdista Marcha Patriótica, foram setores ultraconservadores liderados pelo ex-presidente Álvaro Uribe e opositores do governo, que consideraram a mobilização como um ato eleitoral de Santos.

O presidente foi quem inaugurou a passeata no Monumento dos Heróis Caídos e caminhou ao longo de um trecho da Avenida El Dorado, acompanhado de sua esposa, María Clemência Rodríguez; do ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, e de outros membros de seu gabinete ministerial.


Santos afirmou à Agência Efe durante o percurso que a Colômbia tem hoje "a oportunidade de mudar" sua história de violência.

Por sua vez, o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, passou a liderar a marcha a partir do Centro de Memória Histórica até a Praça de Bolívar, no centro, já repleta de pessoas vindas de toda a Colômbia.

Petro afirmou que a manifestação "não é do ódio, não é da vingança, nem da retaliação" e convidou os colombianos a se mobilizar para "construir uma nova nação".

Entre os que escutavam Petro havia milhares de indígenas, afrocolombianos e camponeses vindos de regiões tão remotas e convulsas como Arauca, Cauca ou Chocó, e a maioria usava camisetas do movimento político Marcha Patriótica.

Todos aclamaram a ex-senadora Piedad Córdoba quando esta apareceu na passeata e pediu ao falecido presidente venezuelano Hugo Chávez que desse "um abraço de urso" em Simón Bolívar e que ambos fizesem o mesmo com Jorge Eliécer Gaitán.

Córdoba se referia a um popular líder político assassinado em 9 de abril de 1948, o que gerou os protestos conhecidas como "El Bogotazo", que deram início a uma etapa de violência política que até hoje não terminou.

A maior convocação já realizada até o momento na Colômbia em prol de uma mesma causa aconteceu em 4 de fevereiro de 2008, quando em várias cidades do país cidadãos protestaram contra os sequestros das Farc, mas na ocasião, ao contrário de agora, a esquerda não participou.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) mostrou hoje em cerimônia seu apoio à manifestação pela paz na Colômbia por meio de seu secretário-geral, José Miguel Insulza, que a qualificou como uma "oportunidade" para a reconciliação no país.

Insulza disse que esta passeata "reforça o sentir majoritário da sociedade em fortalecer um projeto de paz" e mostra ao mundo que "a única coisa que os colombianos querem é pôr fim ao conflito armado e viver em harmonia e sem violência".

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