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Patriarca latino inicia celebrações do Natal na Terra Santa

Fouad Twal máxima autoridade católica na região, entrou esta tarde na cidade onde nasceu Jesus após sua tradicional peregrinação desde Jerusalém


	Garoto reza em igreja em Belém: uma colorida e musical cerimônia deu início as celebrações do Natal na Terra Santa
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Garoto reza em igreja em Belém: uma colorida e musical cerimônia deu início as celebrações do Natal na Terra Santa (getty images)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 18h13.

Belém - Milhares de peregrinos de todo o mundo e palestinos cristãos e muçulmanos receberam nesta terça-feira o patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal na entrada na praça da Manjedoura de Belém, em uma colorida e musical cerimônia que deu início as celebrações do Natal na Terra Santa.

Twal, máxima autoridade católica na região, entrou esta tarde na cidade onde nasceu Jesus após sua tradicional peregrinação desde Jerusalém, a sete quilômetros de distância, em que foi foi escoltado pela polícia israelense e, uma vez na Cisjordânia, pela da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Na praça que dá entrada à Basílica da Natividade, milhares de pessoas se reuniram para ver o desfile de inumeráveis bandas de escoteiros vindas da Cisjordânia, Jerusalém e Nazaré, e de representantes das ordens religiosas da Terra Santa que caminharam em procissão na chegada da autoridade religiosa em um ritual que se repete todos os anos.

"A verdade é que é uma experiência que recomendaria porque é uma Natal diferente que não tem nada a ver com o que vivemos em nossas cidades. E o ambiente de amizade e regozijo que convida para vir e desfrutá-los", explicou a Agência Efe Ángel, de Tenerife, que foi para a terra santa com a família por motivos de trabalho e decidiu celebrar as festas na cidade.

"Surpreendi-me gratamente pela afinidade que há entre as diferentes congregações e religiões que convivem aqui em Belém", elogiou enquanto assistia ao desfile de bandas musicais.

O momento de máxima expectativa foi a chegada do patriarca à praça, onde foi recebido por uma delegação religiosa que o guiou até a Basílica da Natividade, onde o esperavam centenas de fiéis e curiosos.

Momentos depois, um concerto natalino deu início a uma série de eventos culturais em um palco instalado na praça da Manjedoura, junto ao tradicional presépio e uma grande árvore do Natal.

"Estamos muito orgulhosos de ter a oportunidade de vestir nossos trajes nacionais e poder mostrar ao mundo parte de nossa cultura", contou a Efe Mira, de 23 anos e nascida em Belém, vestida com um traje tradicional palestino enquanto preparava sua atuação para a tarde, na qual mensagens de paz foram lidas em vários idiomas como desejo de união entre todos os povos.


Os eventos festivos e os serviços religiosos aconteceram sob um forte esquema de segurança por causa da chegada do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, que deve participar esta noite na missa do Galo na Basílica, de 1.700 anos de antiguidade e uma das principais atrações para os peregrinos cristãos na Terra Santa durante o Natal.

Na missa, Twal levará em seus braços uma pequena réplica do Menino Jesus até a gruta da Natividade, onde uma estrela de prata de quatorze pontas - visitada hoje por milhares de peregrinos que se ajoelhavam e a beijavam - marca o lugar do nascimento.

A colocação do Menino Jesus sobre a estrela, enquanto repicam os sinos de todas as igrejas, é um dos pontos altos de um serviço religioso transmitido ao mundo pela televisão palestina, e na qual está prevista também a participação dos cônsules gerais das sete potências protetoras da Terra Santa.

Além dos mais de 25 mil peregrinos devem visitar os locais sagrados em Israel e Palestina durante estes dias, também milhares de palestinos cristãos da Cisjordânia e de Gaza poderão se deslocar livremente pela zona.

O Exército israelense informou que emitiu permissões especiais para cerca de 21 mil cisjordanianos e 500 gazaties (neste caso só para menores de 16 anos ou maiores de 35) para celebrar estas festas e visitar suas famílias em Israel ou se deslocar pelo território israelense para chegar a outros pontos da Cisjordânia e de Gaza.

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