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Partido do Brexit fracassa em obter cadeira no Parlamento britânico

Eleição local é um indício a mais de que a votação britânica de 2016 sobre o rompimento com o bloco está reformulando a política do país

Reino Unido: Trabalhistas vencem eleição local impedindo vaga para Partido do Brexit no Parlamento (Chris Radburn/Reuters)
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Reuters

Publicado em 7 de junho de 2019 às 09h38.

Última atualização em 7 de junho de 2019 às 09h42.

Inglaterra - O Partido Trabalhista do Reino Unido , de oposição, manteve uma cadeira parlamentar em eleição local no leste da Inglaterra nesta sexta-feira, superando o Partido do Brexit, de Nigel Farage, por menos de 700 votos.

A vitória pode diminuir por ora a pressão para que o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, dê seu apoio inequívoco a um segundo referendo sobre a separação britânica da União Europeia, que muitos de seu partido vêm dizendo ser a única maneira de romper o impasse do Brexit.

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Mas para o governista Partido Conservador o grande desafio representado pelo Partido do Brexit, criado em abril, estimulará aqueles que disputam o cargo da primeira-ministra Theresa May a se aterem a um discurso duro sobre a desfiliação da UE.

A eleição local em Peterborough é um indício a mais de que a votação britânica de 2016 sobre o rompimento com o bloco está reformulando a política do país, o que desafia o predomínio dos dois maiores partidos por abalar a lealdade dos dois lados no tocante ao Brexit, a maior mudança na política externa desde a Segunda Guerra Mundial.

Os trabalhistas comemoraram a vitória apertada de Lisa Forbes, que obteve 10.484 votos e deixou o Partido do Brexit, o favorito das casas de aposta, em segundo lugar com 9.801 votos. Os conservadores de May apareceram em terceiro com 7.243 votes.

"Este resultado mostra que, a despeito das divisões e do impasse do Brexit, quando se trata de uma votação sobre questões que afetam diretamente a vida das pessoas, o apelo dos trabalhistas por uma mudança real tem grande apoio em todo o país", disse Corbyn.

"Nesta cadeira essencial, os conservadores foram empurrados para as margens".

A eleição se tornou necessária quando a trabalhista Fiona Onasanya se tornou a primeira integrante do Parlamento a ser destituída em um recall político depois de ser presa por mentir sobre uma multa por excesso de velocidade. Ela havia tomado a vaga dos conservadores na eleição geral de 2017 com uma maioria de meros 607 votos.

O sucesso dos trabalhistas se deveu em grande parte a uma campanha ampla para estimular a votação - algo com que Farage disse que seu partido não consegue rivalizar por só existir há dois meses.

Ele acabou direcionando sua ira aos conservadores e alertou que, se os eleitores não apoiarem sua sigla em futuras eleições, estarão preparando o terreno para um governo Corbyn.

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