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Partido Comunista aprova resolução que consolida legado de Xi Jinping

Analistas consideram que a resolução, a terceira do tipo na história do partido, ajudará Xi Jinping a consolidar ainda mais seu poder

Xi Jinping: presidente chinês disse que é preciso reduzir desigualdade no país (AFP/AFP)

Xi Jinping: presidente chinês disse que é preciso reduzir desigualdade no país (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 11 de novembro de 2021 às 10h28.

Os principais líderes do Partido Comunista da China encerram nesta quinta-feira (11) uma reunião fundamental de quatro dias que deve reforçar o legado do presidente Xi Jinping nos livros de história.

Xi, líder inquestionável do país mais populoso do planeta, está à frente desde segunda-feira de uma sessão plenária com 400 dos principais dirigentes do partido que governa a China.

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Ele abriu a reunião do poderoso Comitê Central com um relatório e "explicações sobre um rascunho de resolução sobre as grandes conquistas e experiências históricas" do partido em um século, informou a agência estatal de notícias Xinhua.

Analistas consideram que a resolução, a terceira do tipo na história do partido, ajudará Xi a consolidar ainda mais seu poder, ao definir sua visão sobre a China antes do congresso do partido no próximo ano.

A plenária deste ano prepara o caminho para o XX congresso, no qual se espera que Xi Jinping assuma um terceiro mandato à frente do governo, que o transformará no líder mais poderoso da China desde Mao Tsé-Tung.

Durante um século de existência, o Partido Comunista da China adotou apenas duas resoluções sobre sua história, e cada vez tomou a decisão antes do início de uma nova página política.

A primeira, aprovada sob o governo de Mao em 1945, ajudou a estabelecer sua autoridade sobre o partido quatro anos antes da tomada de poder na China.

Com a segunda, sob Deng Xiaoping em 1981, o regime adotou reformas econômicas e reconheceu os "erros" da era Mao.

Ao adotar um terceiro texto, Xi segue os passos dos dois antecessores para iniciar uma nova página do país.

O período de Xi é marcado pela guerra contra a corrupção, políticas repressivas nas regiões de Xingjiang, Tibete e Hong Kong, e uma abordagem cada vez mais assertiva pelas relações internacionais.

Também criou um culto a sua liderança que impede críticas, erradica seus rivais e introduziu a própria teoria política, conhecida como 'O Pensamento de Xi Jinping', a estudantes.

A Xinhua classificou esta semana Xi Jinping como "sem dúvida a figura central a traçar o curso da história".

Como todas as reuniões do comando partidário chinês, o encontro de quatro dias acontece a portas fechadas.

As decisões adotadas podem ser divulgadas nas próximas horas, antes de uma entrevista coletiva na sexta-feira.

A reunião plenária coincide com uma intensa atividade diplomática.

Pequim e Washington anunciaram um inesperado acordo climático na COP26 de Glasgow, no que pareceu aliviar as tensões entre as duas potências, e uma reunião entre Xi Jinping e o presidente americano Joe Biden por videoconferência deve acontecer em breve.

Mas o presidente chinês advertiu, ao mesmo tempo, para o retorno de tensões da época da Guerra Fria na região Ásia-Pacífico.

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