Venezuela: movimento vem depois de o bloco considerar que Maduro não está disposto a convocar novas eleições (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 09h57.
Última atualização em 31 de janeiro de 2019 às 12h26.
Bruxelas - O Parlamento Europeu reconheceu nesta quinta-feira Juan Guaidó como presidente interino legítimo da Venezuela, após constatar que o presidente do país, Nicolás Maduro, "rejeitou publicamente a possibilidade de realizar novas eleições presidenciais" após o ultimato da União Europeia. Abaixo, veja o momento do anúncio.
A votação aconteceu na manhã desta quinta-feira e a decisão foi tomada por 439 votos a favor, 104 contra e 88 abstenções. Os membros da casa agora pedem que os Estados-Membros do bloco “adotem uma posição firme e comum e reconheçam Juan Guaidó como único Presidente interino legítimo do país até que seja possível convocar novas eleições presidenciais livres, transparentes e credíveis tendo em vista restabelecer a democracia”.
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O movimento não é uma surpresa. Há dias a União Europeia pressiona Maduro para que convocasse novas eleições gerais, sob o risco de o bloco formalmente apoiar Guaidó na posição de presidente interino. O chavista, contudo, resistiu, sinalizando estar disposto apenas a convocar uma eleição legislativa.
Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela em 23 de janeiro, dias depois de Maduro começar um novo mandato como presidente, e um que veio após uma vitória eleitoral em 2018 que foi contestada pela oposição. Desde então, a comunidade internacional segue pressionando o chavista. Nesta semana, o presidente americano, Donald Trump, parabenizou o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela pela atitude.
Na Venezuela, a população não é unânime quanto ao posicionamento de Guaidó. Segundo pesquisa realizada na semana passada no país, 39% dos venezuelanos apoiam o chefe da Assembleia Nacional como presidente interino, mas 32% disseram não saber se apoiam ou não. Apesar dessa divisão, 78% querem Maduro fora da presidência.